Jornalista demitido pela CNN Brasil alfineta emissora e sugere "retaliação" política

O apresentador Felipe Moura Brasil está fora da CNN Brasil desde quarta-feira (19). A emissora afirmou que o desligamento foi em comum acordo, porém a situação parece não ter sido bem assim. O ex-âncora do CNN Arena afirmou nas redes sociais em um recado que "nunca deixará a vigilância ácida por medo de retaliação".

Em nota enviada ao veiculo, a CNN Brasil disse que ela e Moura Brasil "decidiram, em comum acordo, pelo distrato do contrato por não terem chegado a um consenso sobre a conciliação das diferentes frentes de trabalho do jornalista com as demandas da emissora".

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Em um recado replicado em todas suas redes sociais, o jornalista, porém, afirmou que acreditou ter sido derrubado do canal do notícias após ter zombado da Procuradora Geral da República por ter denunciado o senador Sergio Moro por calúnia contra o ministro do STF, Gilmar Mendes. Na ocasião, o político afirmou em uma conversa privada que o magistrado vende habeas corpus.

"Jamais fui nem serei cúmplice da prisão de alguém, só por piadas privadas, vazadas em registros de terceiros. Tive a mesma posição, em épocas distantes, com Lula (Pelotas), Hillary Clinton e Sergio Moro, entre outros", disse ele.

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"Seguirei ironizando denúncias ineptas sobre isso - sem data, local, contexto - e/ou contra desafetos do sistema, ainda mais quando eu mesmo divulgar um vídeo que confirma o contexto da brincadeira (como 'prisão' de festa junina). Ironizar erros e abusos de autoridades públicas é tradição na imprensa brasileira (Lima Barreto, Pasquim, Nelson Rodrigues, Paulo Francis, Diogo Mainardi, entre outros), assim como pedidos de cabeça por parte delas. Nunca deixarei a vigilância ácida por medo de retaliação", finalizou.