Política

Julgamento de Moro: Bolsonaro e Ratinho Júnior fecham aliança para vaga no Senado

Bolsonaro e Ratinho Júnior - Reprodução: República de Curitiba
Deputado Fernando Giacobo, disse que o acordo foi fechado na sede do PL em Brasília  |   Bnews - Divulgação Bolsonaro e Ratinho Júnior - Reprodução: República de Curitiba

Publicado em 02/04/2024, às 07h40   Rebeca Silva


FacebookTwitterWhatsApp

Antes do resultado do julgamento que pode levar à cassação do senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), que teve início nesta segunda-feira (1), no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), decidiram apoiar o mesmo candidato na possível eleição suplementar.

De acordo com Caio Junqueira, jornalista da CNN Brasil, ambos apoiarão Paulo Martins, que ficou em segundo lugar na eleição para o Senado contra Moro em 2022 e é atualmente assessor especial de Ratinho Júnior. Em troca, Bolsonaro indicará um candidato ao Senado em 2026 e Ratinho fará o mesmo.

Ainda segundo a publicação,  o acordo foi acertado na sede do PL, em Brasília, na semana passada, com a presença de Bolsonaro, Ratinho, o deputado Filipe Barros e o presidente do PL no Paraná, Fernando Giacobo. Bolsonaro, assim, se alia a um potencial sucessor político e assegura um forte candidato no estado para 2026. O acordo é visto como o início de uma colaboração para o governo do estado. Para Ratinho, o acordo é crucial, já que ele deixará o cargo em 2026 e tem ambições presidenciais.

A aliança também busca unir parte da fragmentada direita paranaense. Bolsonaro deixa claro que não pretende apoiar Moro, seu ex-ministro da Justiça, se ele perder o mandato. Moro, por outro lado, tem evitado criticar Bolsonaro e mantém aberto o canal de comunicação com os eleitores de Bolsonaro. Ele também está apoiando a candidatura de sua esposa, a deputada Rosangela Moro, ao Senado, caso ele perca a vaga.

Ricardo Barros, ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, também está se preparando para concorrer. Ele e Rosangela Moro competiriam pelos votos da direita com Paulo Martins, indicado por Bolsonaro e Ratinho. Se Moro for cassado, Martins, que ficou em segundo lugar na eleição de 2022 com 29,12% dos votos contra 33,5% de Moro, assumirá o cargo.

À esquerda, as principais candidaturas estão sendo organizadas pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann e pelo deputado federal, Zeca Dirceu.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp