Laina Crisóstomo e Alexandre Aleluia discutem por causa de questões ideológicas; entenda

Os vereadores Alexandre Aleluia (PL) e Laina Crisóstomo (PSol) discutiram, durante sessão na Câmara Municipal de Salvador (CMS), nesta terça-feira (21), após o edil bolsonarista anunciar que um Projeto de Lei (PL), de autoria dele, havia sido protocolado. Segundo Crisóstomo, o objetivo do PL é “resguardar a unidade familiar e assim também resguardar a liberdade do indivíduo”.

Vim aqui para anunciar que já foi devidamente protocolado um Projeto de Lei de minha autoria, que eu nomeei como Estatuto dos Pais. Antes de adentrar no teor do projeto, gostaria de dar o contexto do que acontece hoje em diversas escolas do Brasil a fora. É um movimento constante da esquerda de desconstruir, como eles mesmos falam, a ideia de família, criar uma verdadeira cisão nas famílias com críticas contra o que eles chamam de patriarcado”, iniciou Aleluia.

Em seguida, o edil explicou o PL. "Com o objetivo de resguardar a unidade familiar e assim também resguardar a liberdade do indivíduo entrei com o ‘Estatuto dos Pais’", explicou.

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Eu penso que para mostrar claramente o conceito do projeto de lei, nada melhor do que o artigo segundo, que diz o seguinte: ‘o Estatuto Municipal de Direito dos Pais tem como objetivo garantir o acesso à informação e a participação efetiva de pais de alunos das escolas da rede municipal de ensino na cidade de Salvador’. Vamos conter esse movimento de apartar os pais da educação escolar. [...] Os pais devem estar inteiramente integrados à escola. Saber o que está sendo ensinado e quais livros estão sendo escolhidos", continuou.

De acordo como vereador, “o pessoal da esquerda não quer isso”. “Querem que o filho seja propriedade do estado, da escola, e assim, mais facilmente, das suas ideologias”.

Logo depois, Laina rebateu Aleluia:

O que é família? Primeiro, que o conceito de família para gente é sobre famílias. Nós acreditamos em famílias. [...] Eu não quero minha filha, nem nenhuma criança alienada, desequilibrada, forçada a pensar nazismo e forçada a pensar fascismo. [...] Isso é tortura e precisa ser criminalizado. Não, esse projeto não representa a família, não representa pai, mãe, representa o retorno ao nazismo e ao fascismo”, disparou.

Em seguida, Aleluia pediu questão de ordem e respondeu: “Tortura é o que estão fazendo com as nossas crianças. Família é unidade familiar não colocar a criança sob uma cobertura ideológica. Isso sim é tortura. Estão querendo impor às nossas crianças e rachando as nossas famílias. E contra isso, sim, eu luto”.