Política

Lídice comemora criação da bancada negra na Câmara dos Deputados

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A bancada foi criada na última quarta-feira (1º) e teve o deputado baiano Antônio Brito (PSD) como relator  |   Bnews - Divulgação Joilson César / BNews
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 03/11/2023, às 13h16


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A deputada federal Lídice da Mata (PSB) não escondeu a felicidades com a formação da bancada negra na Câmara dos Deputados, criada na última quarta-feira (1º), no plenário da Casa e que marca o início do Novembro Negro no Brasil. O projeto que permitiu a criação da bancada teve o deputado baiano Antônio Brito (PSD) como relator.

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Em conversa com imprensa, nesta sexta-feira (3), durante a abertura do Festival Liberatum, Lídice acredita em “impacto muito positivo” na criação da bancada e detalhou quais serão as atribuições do grupo.

"A proposta é de que ela funcione mais ou menos como funciona a bancada das mulheres, que nós temos uma cadeira na mesa dos líderes, e nós temos também o direito de usar o Plenário como liderança da bancada feminina, e que nós possamos ir também isto na bancada da negritude, na bancada que tem como tema central o tema de combate ao racismo”, disse.

Lídice destacou ainda que a criação da bancada é uma “consequência” da luta de deputados negros, pardos e brancos contra o racismo no Brasil desde a elaboração da Constituição de 1988, entre eles Benedita da Silva e Carlos Alberto Caó de Oliveira.

“Eu fico muito feliz, eu vi a emoção da minha querida amiga e companheira Benedita da Silva, que é comigo uma das constituintes que ainda permanecem no mandato. Bené foi a única mulher negra na constituinte, a única que veio de um extrato social de baixa renda, com a marca de tecido empregado para doméstica, lavadeira, e chega na constituinte e marca sua presença com a luta antirracista. Então, Caó, que era um deputado paiano, eleito pelo Rio de Janeiro, do PDT, que se destaca”, afirmou a deputada.

"Outros negros estavam presentes naquela Constituição, e é pela primeira vez que a gente, negros e brancos e mestiços que são antirracistas, que construíram dentro da Constituição do Brasil, aqueles artigos que falam da situação do racismo, até então, na nossa Constituição. Antes disso, nunca houve referência em nenhuma Constituição. Então, eu diria que essa bancada é uma consequência dessa conquista. Levou tempo, 35 anos, mas finalmente nós vamos fazer uma bancada que tem como centro a luta antirracista no Brasil”, finalizou.

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