Lula cancela jantar com príncipe herdeiro da Arábia Saudita; saiba motivo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelou o jantar que teria nesta sexta-feira (23), ao lado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

O jantar estava marcado para ocorrer às 20h30, horário da França, na residência oficial da Arábia Saudita em Paris, mas foi cancelado devido à intensa agenda do presidente Lula na Europa, conforme informações divulgadas pela assessoria de imprensa do Planalto.

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O encontro de Lula com o príncipe saudita gerou muita polêmica no Brasil. Bin Salman é considerado um ditador violento e foi aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que chegou a ser presenteado pelo herdeiro com joias no valor de R$ 16 milhões.

Lula chegou à Europa na última terça-feira (20), quando desembarcou em Roma, capital da Itália. Na quarta (21), foi ao Vaticano, onde se encontrou com o Papa Francisco e discutiu assuntos referentes à paz entre Rússia e Ucrânia, meio-ambiente e desigualdade social.

No mesmo dia, Lula ainda se encontrou com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. Ambos foram convidados pelo presidente da República a visitar o Brasil em um futuro próximo. Houve ainda uma conversa com o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri.

Em Paris desta quinta (22), Lula esteve com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; e com a presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff (PT); antes de discursar para dezenas de milhares de pessoas em frente à Torre Eiffel, no evento “Power Our Planet”.

O petista também se encontrou na capital francesa com o presidente da França, Emmanuel Macron, com quem tem construído uma relação de aliado político; e com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo. Entre tais reuniões, Lula também participou da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, com diversos líderes internacionais.

Nos discursos que fez na Europa, Lula pediu apoio estrangeiro no combate ao desmatamento no Brasil, sobretudo na Floresta Amazônica, mas também cobrou que os países mais ricos se dedicassem ao combate à desigualdade socioeconômica, que seria o principal problema do planeta, de acordo com o presidente brasileiro.