Política

Lula diz que Petrobras pode 'continuar sonhando' com exploração de petróleo na foz do Amazonas

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Lula afirmou que a área a ser explorada fica distante da margem do rio  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ YouTube

Publicado em 03/08/2023, às 10h47   Cadastrado por Bernardo Rego


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Em entrevista concedida a rádios da Amazônia nesta quinta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a Petrobras vai ter "todo o cuidado", mas pode "continuar sonhando" com a exploração de petróleo na foz do Amazonas.

Em maio, o Ibama negou uma licença para a estatal perfurar um poço de petróleo na região, no estado do Amapá. O instituto detectou falhas de segurança ambiental na solicitação da estatal. Na entrevista, o petista disse que a negativa do Ibama não é definitiva. "Vocês podem continuar sonhando. E eu também quero continuar sonhando", pontuou. "Esse estudo do Ibama não é definitivo. Eles apontam falhas técnicas que a Petrobras tem o direito de corrigir", acrescentou.

"Primeiro, temos que pesquisar, temos que saber se tem aquilo que a gente pensa que tem. Quando a gente achar, a gente vai tomar decisão do Estado brasileiro, o que a gente vai fazer, como explorar, como é que a gente pode explorar, como é que a gente pode evitar que um desastre qualquer possa prejudicar a nossa querida margem do Oceano Atlântico na Amazônia", salientou. "Isso a gente vai ter todo o cuidado, mas pode continuar sonhando", destacou o presidente.

Lula também afirmou que a Petrobras pretende explorar uma região que fica "a uma distância muitos quilômetros longe da margem". "Vamos então pesquisar. Logo, logo, a gente vai ter uma decisão do que a gente pode fazer. Tem que fazer a pesquisa. Se a pesquisa constatar que a gente tem o que a gente pensa que tem lá embaixo, aí sim vamos fazer a segunda discussão: como fazer para explorar sem causar nenhum prejuízo a qualquer espécie amazônica", disse.

A Petrobras projeta que a área de exploração na região da foz do Amazonas pode render 14 bilhões de barris de petróleo. O Ibama rejeitou o primeiro pedido de exploração apresentado pela Petrobras por entender que a solicitação não continha garantias para atendimentos à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo.

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