Política

Marcos do Val repassa dinheiro para site bolsonarista; entenda

Marcos Oliveira / Agência Senado
Senador Marcos do Val usou recursos públicos para pagamentos a site que o elogiava  |   Bnews - Divulgação Marcos Oliveira / Agência Senado
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 29/02/2024, às 08h37


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O senador Marcos do Val (Podemos) está sob investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) por obstruir apurações sobre os atos do 8 de Janeiro. Apesar disso, o parlamentar segue com suas atividades na 'Casa Alta'. Nessa atuação, uma atuação suspeita chama atenção. Isso porque o parlamentar tem redirecionado verbas da cota parlamentar para um site bolsonarista.

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Conhecido como 'Jornal Opinião ES', o veículo vem recebendo uma quantia mensal do parlamentar desde fevereiro de 2023. Ao todo, o valor repassado por do Val foi de R$ 18 mil até o momento. A proprietária é a 'Direita Consultoria e Publicidade Eireli' sediada em Cachoeiro de Itapemerim. Os recursos enviados para a dona do portal teve como justificativa a "contratação de serviços de apoio ao parlamentar". Por outro lado, os registros enviados ao Senado Federal, com o pedido de validação para reembolso, indicam que a empresa realiza "assessoria e trabalhos técnicos e de apoio ao exercício do mandato parlamentar".

Relação com o senador

O editor-chefe e jornalista do portal, Alan Simonato, tem o hábito de publicar artigos de teor bolsonarista. Ele produz material com críticas a Lula, à Rede Globo, por exmeplo, enquanto elogia à atuação do senador Marcos Do Val. Neste caso, o jornalista enaltece Do Val, enfatiza sua contribuição no desvendamento dos eventos de 8 de Janeiro, seu papel no combate à corrupção e a sua parceria com a família Bolsonaro.

O que diz a defesa do senador?

A defesa de Marcos Do Val afirma que o contrato com o site visa a realização de trabalhos técnicos especializados de apoio ao parlamentar. Ainda segundo os advogados do parlamentar, essa atividade seria realizada no interior do sul do Espírito Santo. Os jusristas ainda destacaram  que o valor mensal de R$ 1.500 reflete a política de austeridade e cuidado com os recursos públicos. Com informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

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