Política

Margareth Menezes faz revelações aterrorizantes sobre herança de Bolsonaro para cultura; saiba mais

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Em entrevista, Margareth Menezes faz revelações sobre as condições dos órgãos de cultura no Governo Federal  |   Bnews - Divulgação Foto: Reprodução/GloboNews

Publicado em 04/01/2023, às 06h24   Folhapress


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A recém-empossada ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirma que a equipe de transição de governo encontrou um desmonte de 80% das verbas para a área no governo de Jair Bolsonaro (PL) e que a pasta não tem dinheiro nem para comprar uma passagem de avião.

A Fundação Palmares, que ela considera "a primeira conquista do povo negro no governo", "não tem nem luz elétrica", e deve mudar para outro local.

Em entrevista à GloboNews na noite desta terça-feira, Menezes disse ainda que na gestão anterior os artistas e o setor cultural foram humilhados, maltratados e perseguidos no país.

Ela afirma que a lei Rouanet deve reganhar força no novo governo, mas busca uma distribuição "mais nacional" dos recursos arrecadados.

A legislação sofreu ataques de apoiadores de Bolsonaro e teve o cachê máximo reduzido durante o governo.

Margareth entende que o mecanismo deve ser "ressignificado", para que a população entenda o papel social que cumpre. "É uma lei de fomento à cultura, não é para dar dinheiro a artistas", afirma. "Nós, artistas, produtores, também pagamos imposto."

A descentralização da cultura, para que a produção não fique restrita ao eixo Rio-São Paulo, é prioridade da ministra. "Quando você investe na cultura popular, você traz inspiração, você traz a alma do país e a história do seu lugar", diz, "um povo que não conhece seu passado fica sem referência para seu futuro".

Menezes cita países que fazem investimentos altos em cultura e afirma que a cultura é capaz de trazer retorno econômico, além de fortalecer laços diplomáticos. Para ela, a prioridade devem ser países africanos.

A ministra, de origem periférica, relembra que passou oito anos da carreira sem gravadora, mesmo no auge da música baiana e reitera que a representatividade de ser uma mulher negra, nordestina, da música foi o que a fez aceitar o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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