Política

Mauro Cid expõe relação conturbada com Michelle Bolsonaro: “Dona Michelle era muito difícil e não gostava de mim”

Presidência / Alan dos Santos
Falas do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro aconteceram durante CPI e foram sobre as questões relacionadas a dinheiro  |   Bnews - Divulgação Presidência / Alan dos Santos

Publicado em 14/07/2023, às 09h00   Cadastrado por Tácio Caldas


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De acordo com o colunista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid acionou o seu direito de ficar em silêncio e não respondeu às perguntas no Congresso Nacional, durante o seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do dia 8 de Janeiro. Contudo, o ex-ajudante do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), comentou sobre o seu relacionamento com a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro: "Dona Michelle era muito difícil e não gostava de mim”.

A fala de Mauro Cid aconteceu quando ele foi questionado sobre outros assuntos relativos ao governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Neste momento, Cid acabou "se soltando" e foi bastante transparente ao falar dos bastidores dos palácios do Planalto e da Alvorada no período.

De acordo com o tenente-coronel, por vezes ele ficou em meio a um "fogo cruzado" entre o ex-presidente e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, principalmente, quando as discussões tratavam de pagamento de contas da família, em dinheiro vivo, na boca do caixa.

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Ainda no depoimento, Mauro Cid afirmou que Michelle era uma pessoa de difícil trato e que não ia com a cara dele, muito devido às questões relacionadas a dinheiro. "Dona Michelle era muito difícil e não gostava de mim", afirmou o tenente-coronel, antes de completar dizendo que isso aconteceu por causa questões relacionadas a dinheiro.

O oficial ainda contou que possuia ordens explícitas do ex-presidente Bolsonaro para pagar contas da própria Michelle, mas que ele [Bolsonaro] era contrário ao pagamento das faturas de familiares da primeira-dama, algo que era feito com o intuito de não arrumar mais problemas com Michelle. "Não ia me meter em briga de casal. Se ela pedia, eu depositava", explicou o Cid em tom de desabafo.

Entregas de dinheiro

No tocante a entrega de dinheiro, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirmou que preferia ficar sem saber quais eram as despesas que precisavam ser pagas, sendo que, segundo ele, foi assim que foram pagos valores do plano de saúde do irmão da ex-primeira-dama, mensalidades da faculdade da irmã de Michelle e depósitos em contas de outros parentes da mulher do ex-presidente, além das inúmeras entregas de recursos em espécie nas mãos de integrantes do staff que servia a ela.

"Ela [Michelle] falava pouco comigo. Quem falava comigo eram os assessores. Ela mandava dizer: 'preciso disso'. E os assessores falavam comigo", pontuou o tenente-coronel.

O ex-ajudante de Bolsonaro ainda detalhou que, nesses casos, sempre usava dinheiro sacado de contas do próprio Bolsonaro e que não misturava com o caixa paralelo que administrava. Lá continha os valores da conta pessoal do ex-presidente que possuiam recursos sacados a partir dos cartões corporativos da Presidência da República.

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