Política

"Me prender e enforcar", diz Moraes sobre planos de bolsonaristas no 8 de janeiro

Rosinei Coutinho / SCO / STF
Plano foi revelado pelo ministro do STF em entrevista  |   Bnews - Divulgação Rosinei Coutinho / SCO / STF
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 04/01/2024, às 08h24 - Atualizado às 08h25


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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi alvo de planos dos bolsonaristas nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Na ocasião, extremistas e simpatizantes do ex-presidente Bolsonaro (PL) pretendiam ir às últimas consequências: "eu deveria ser preso e enforcado". O magistrado confirmou os objetivos dos criminosos em uma entrevista ao jornal O Globo. 

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De acordo com o ministro, ao todo foram três planos que atentariam contra a sua vida. Em cada um deles a intenção do crime ia aumentado de nível.

Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes", iniciou Moraes.

Alexandre de Moraes ainda destacou que esses planos mostram como as pessoas não sabem diferenciar as coisas. "Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição. Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão", ponderou o ministro.

Moraes concluiu dizendo que apesar dos planos descobertos, era algo ele já esperava que pudesse acontecer. "Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem", finalizou o relator do 8 de janeiro no STF.

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