O final da reunião da Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), ficou quente. O secretário estadual do Meio Ambiente, Eugênio Splenger, ouviu duras críticas do presidente da Associação dos produtores Rurais e Pescadores do Distrito Governador João Durval Carneiro, João Dias.
“O INEMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) precisa melhorar. Preciso falar alto para Zé Neto (PT) e Targino (DEM) ouvirem. Não sei se serei convidado novamente aqui para a assembleia. O PT quando chega ao poder muda tudo. Eu conheço o largo da Pedra do Cavalo [que abastece Feira de Santana, onde João mora] todo, diferente de Targino, sei dos problemas ambientais. Feira de Santana precisa ser respeitada porque é maior que 10 capitais do Brasil, e é tratada como um interior”, desabafou João Dias, que também é membro do Comitê de Bacias Hidrográficas do Paraguaçu.
Ao pedir a palavra, Eugênio Splenger admitiu que sua secretaria tem problemas e limitações, mas disse se esforçar para trabalhar com os recursos disponíveis. “O INEMA não é um órgão que descumpre a lei, pode ter dificuldades, mas o trabalho é muito sério. Nunca deixei de prestar contas, mesmo com críticas, sempre fui respeitado e não tem porque não vir aqui para a assembleia mais vezes, não pude em alguns momentos porque a agenda não batia”, se defendeu. “Eu quero dizer para você, João, que uma das melhores regionais do INEMA fica em Feira de Santana. Mas em relação aos resíduos sólidos, o responsável pelo recolhimento e destino final é a empresa produtora do material. Não vamos confundir o público com privado. Já o licenciamento ambiental é do órgão executor da esfera federal e municipal também”, completou o secretário.
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