Política

Militantes do MST repudiam caso de transfobia

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A nota do Movimento é publicada três dias após o deputado Nikolas Ferreira cometer transfobia no plenário da Câmara dos Deputados  |   Bnews - Divulgação Divulgação MST

Publicado em 11/03/2023, às 17h30   Redação



O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) repudiou, neste sábado (11), o caso transfóbico ocorrido no último dia 08 contra uma militante do Levante Popular da Juventude e do MST na Zona Sul do Rio de Janeiro e reafirmou o compromisso na luta contra todos os tipos de violência.

“Repudiamos que ainda nesse mundo, pessoas se achem no direito de agredir, xingar e praticar atos como a transfobia simplesmente porque não concordam que as pessoas são livres para ser e amarem quem quiser”, destaca trecho da nota do MST.

O Movimento reforça ainda a solidariedade após o caso: “Nos solidarizamos com a companheira Thifanny e refirmamos que precisamos construir uma sociedade que não tenha espaço para a violência de gênero, racial e LGBTQIA+fóbica”.

A nota do Movimento é publicada três dias após o deputado Nikolas Ferreira usar peruca e fazer discurso transfóbico no plenário da Câmara dos Deputados. “Hoje, o Dia internacional das mulheres, a esquerda disse que eu não poderia falar pois eu não estava no meu local de fala. Então eu solucionei esse problema aqui. Hoje eu me sinto mulher. Deputada Nicole. E eu tenho algo aqui muito interessante para poder falar. As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres. E para vocês terem ideia do perigo de tudo isso, vocês podem perguntar, qual o perigo disso, deputada Nicole. Sabe por quê? Por que eles estão querendo colocar uma imposição de uma realidade que não é a realidade”, comentou Nikolas durante seu discurso.

Após o ocorrido, parlamentares iniciaram um abaixo-assinado pela cassação de Nikolas, que imediatamente reagiu. De acordo com o parlamentar, a vida dele não vai acabar com uma cassação. "Se ocorre uma cassação, eu levanto 10 mil Nikolas no Brasil inteiro. [...] a minha vida não vai acabar com uma cassação. ‘Ah, Nikolas, mas e se eles te prenderem?’. Se eles me prenderem não é o fim da minha vida. [...] ‘Ah, Nikolas, mas e se eles te matarem?’. Se eles me matarem vão fazer com que eu me encontre com o meu Salvador", diz Nikolas em um vídeo publicado no Twitter.

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