Política

Ministro de Lula causa polêmica ao citar Mandela em comentário sobre Hamas

Reprodução
Para Paulo Pimenta, cabe aos palestinos debater o papel dos seus atores  |   Bnews - Divulgação Reprodução
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

[email protected]

Publicado em 24/10/2023, às 09h24


FacebookTwitterWhatsApp

O ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo LulaPaulo Pimenta, causou polêmica ao citar o líder sul-africano Nelson Mandela ao comentar sobre qual seria a atuação do grupo Hamas na Palestina depois da guerra contra Israel.

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp

Durante entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, que foi ao ar na última segunda-feira (23), Pimenta comentava sobre um prefácio escrito em março deste ano pelo assessor especial da Presidência, Celso Amorim, em que ele defende uma atuação do Hamas na reconstrução dos direitos palestinos.

Pimenta disse que o texto foi escrito em um contexto que desconhece por ele e que cabe aos palestinos debater o papel dos seus atores.

"O Hamas tem que ser responsabilizado pelo que ele fez, mas nós já vivemos situações no mundo em que o IRA era considerado terrorista e hoje faz parte do governo do Reino Unido", disse.

"Já vivemos situações em que o Nelson Mandela ficou 27 anos na cadeia acusado de terrorista e se tornou uma das maiores lideranças, um dos maiores estadistas do século 20. Como é que vai ser o futuro, o desdobramento, o papel do Hamas, se ele vai mudar, se vai mudar sua orientação, é o povo palestino que tem que fazer essa discussão", acrescentou.

A fala de Pimenta foi dada dias após o presidente Lula (PT) classificar, pela primeira vez, o termo terrorismo para classificar as ações do Hamas na ação contra Israel em 7 de outubro.

"Hoje quando o programa [Bolsa Família] completa 20 anos, fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza", diz Lula em vídeo, em referência ao balanço de 1.524 mortes divulgado pelo Ministério da Saúde de Gaza.

"[Crianças] que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram que Israel reagisse de forma insana e as matasse. Exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra, que só querem viver, brincar, que não tiveram direito de ser crianças", emenda o presidente.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp