Política
Publicado em 03/08/2022, às 08h56 Redação BNews
Os aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília iniciaram uma verdadeira força-tarefa para tornar real uma 'missão impossível': fazê-lo comparecer a um evento comemorativo promovido por um de seus maiores adversários.
O evento está marcado para o próximo dia 16 de Agosto e terá presença de autoridades de todo o país em seus mais diversos segmentos: Executivo, Legislativo e Judiciário. Segundo Carolina Brígido, colunista do Uol, Bolsonaro já revelou que não quer ir - dificultando ainda mais a missão dos aliados.
Bolsonaro 'tem motivo' para não querer comparecer: estrela da noite, seu grande adversário deve fazer um discurso firme contra a proliferação de notícias falsas e discurso de ódio nas campanhas, além de defender o sistema eleitoral brasileiro.
A colunista aponta que Bolsonaro se sentiria fragilizado ao ficar calado diante de temas dos quais ele discorda.
Ao redor do presidente, há quem concorde com ele. Seria uma forma de desmoralizá-lo diante da cúpula do Judiciário - que, para Bolsonaro, é um dos grandes antagonistas de seu governo. Entretanto, outros aliados do presidente consideram importante a presença dele no evento para distensionar os ânimos.
O adversário em questão é o ministro Alexandre de Moraes, que vai assumir a posse da presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Moraes também não faz muita questão de adotar formalidades. Ele quebrou o protocolo tradicional de levar o convite da posse, pessoalmente, ao presidente da República.
Ele agiu da mesma forma em relação às outras autoridades e apenas enviou os convites, sem encontros presenciais. Em fevereiro deste ano, quando Edson Fachin assumiu a presidência do TSE e Moraes, a vice, ambos foram entregar o convite a Bolsonaro. Apertaram as mãos e ficaram cerca de dez minutos reunidos com o mandatário.
À coluna, integrantes do TSE disseram em caráter reservado que Moraes optou por uma estratégia diferente para evitar um clima ainda mais tenso. Se ele fosse pessoalmente entregar o convite a Bolsonaro e o presidente não comparecesse à posse, quem ficaria desmoralizado seria o ministro.
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