Política

Morte de rifeiros: senadores baianos reagem a PL que legaliza jogos de azar no país

Wilson Dias/Agência Brasil
Rodrigo da Silva Santos e Hynara Santa Rosa da Silva eram um casal de rifeiros e foram mortos neste domingo (11)  |   Bnews - Divulgação Wilson Dias/Agência Brasil

Publicado em 12/12/2022, às 21h01   Yuri Abreu


FacebookTwitterWhatsApp

A morte do casal de rifeiros Rodrigo da Silva Santos e Hynara Santa Rosa da Silva, assassinados em uma praia na Barra de Jacuípe, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), reacendeu uma discussão acerca da legalização dos jogos de azar no Brasil.

A prática, apesar de ser considerada ilegal no país, de acordo com o o decreto-lei 9.215, de 30 de abril de 1946, assinado pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra, acontece de maneira corriqueira em diversas partes do Brasil, especialmente nos bairros mais humildes das grandes, médias e pequenas cidades.

Atualmente, há o Projeto de Lei (PL nº 442/1991), que versa sobre a legalização de algumas modalidades de jogo atualmente proibidas no Brasil, a exemplo do jogo de bicho, cassinos, bingos e rifas. O texto foi aprovado na Câmara, em fevereiro deste ano, e seguiu para a análise do Senado.

Até então, de lá pra cá, a proposta segue parada na Casa Legislativa, mais especificamente na Presidência do Senado aguardando a escolha do relator. Desde que o assunto voltou à tona, um dos seus principais defensores, aqui na Bahia, é o senador Angelo Coronel (PSD-BA).

Procurado pelo BNews, nesta segunda-feira (12), o parlamentar afirmou que ainda segue defendendo o projeto, citando que as maiores potências do mundo têm os jogos legalizados e o Brasil deveria fazer parte deste bloco. "Jogos são pauta econômica e não de costumes", disse ele.

Questionado se teria algo a falar sobre as mortes do casal de rifeiros, o pessedista se absteve, mas pontuou que a ilegalidade dos jogos de azar no país traz algumas consequências especialmente no âmbito econômico.

"[O país] deixa de arrecadar novos impostos que serão importantes para fazer frente aos programas sociais do governo, além de levar recursos para cobrir o piso salarial de enfermagem e fisioterapeutas", salientou.

A reportagem do BNews também procurou os outros dois senadores baianos para falar sobre o assunto: Otto Alencar (PSD-BA) e Jaques Wagner (PT-BA), o primeiro pontuou que apesar de ser "um tema controverso", ainda não tinha uma posição formada sobre o tema, pois precisava se debruçar acerca do Projeto de Lei.

Já o petista, ex-governador da Bahia, também foi procurado através de sua assessoria de comunicação, mas não foi encontrado até o fechamento deste texto. O espaço segue aberto para eventuais manifestações por parte do senador.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp