Ninguém faz metamorfose tão rápido, diz Coronel sobre atuação política de Dino no STF

Em carta ao Senado, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) , diz que será técnico e imparcial, caso assuma a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar do esforço do pessebista em mostrar que vai se despir da roupa de política, o senador Ângelo Coronel (PSD) discorda, em parte. Coronel é integrante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde Dino será sabatinado na próxima quarta, 13.

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“Vai demorar um pouco para se desligar da política. Ninguém faz essa metamorfose tão rápido assim”, afirmou Coronel ao BNews. “Ele já foi governador [do Maranhão], foi deputado federal, é senador licenciado. Militou muito tempo na política. Ele pode deixar de ser político, mas é um processo mais demorado”, avalia pessedista.

Coronel diz ter sido convencido a votar em Dino na quinta, quando recebeu em seu gabinete a visita do ministro. “Ele deu algumas explicações e me convenceu”, relatou. Para o senador, Dino tem duas características que o credencia ao cargo de ministro do STF: notório saber e experiência.

Ao ser questionado como o partido dele vai votar, Coronel informou queno dia 12 vai haver reunião da bancada para definir o voto. “Somos a maior bancada, com 15 senadores. Talvez os que tem alinhamento com o ex-presidente Bolsonaro não vote a favor de Dino”, supõe o parlamentar.

Após a aprovação na CCJ, a indicação de Dino ao STF será apreciado pelo plenário. Para ser aprovado, o maranhense precisa de 41 votos. “Estamos estimando que ele tenha 53”, prevê o senador baiano. O número, embora suficiente, é menor do que o obtido por Cristiano Zanin, advogado de Lula no processo da Lava Jato, que obteve 58 sufrágios.