Política

Orçamento secreto foi intensificado após eleições; solicitações subiram 2.200%

Agência Brasil
Entre os destaques está o deputado indicado por Lula para comandar a CCJ  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 12/03/2023, às 09h23 - Atualizado às 09h44


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As indicações do “orçamento secreto” registraram uma alta expressiva depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial do ano passado. As solicitações feitas em novembro tiveram uma alta de 2.272% em comparação com o que foi registrado em outubro. É o que diz um levantamento foi feito pelo site Metrópoles, que usou os dados cadastros para emendas de relator em 2022.

De acordo com o levantamento, abril do ano passado foi o mês em atingiu o maior valor das emendas de relator, com um montante de R$ 53 bilhões. Em maio, a quantia foi menor: R$ 22 bilhões, uma queda de 60%. O montante foi diminuindo nos meses de junho (R$ 12 bilhões), julho (R$ 3,6 bilhões), agosto (R$ 2,4 bilhões), setembro (R$ 1,7 milhões) e outubro (RS 1,6 bilhão).

No entanto, depois do segundo turno das eleições, ocorrido no dia 30 de outubro, o número de pedidos disparou. Algumas solicitações foram feitas por parlamentares que até aquele momento não tinhas usufruído das emendas do relator. Em novembro, os pedidos chegaram a R$ 38 bilhões. Em dezembro, nova queda: R$ 16 bilhões em pedidos.

Também chama a atenção as indicações feitas pelos parlamentares. Entre os destaques está o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), indicado por Lula para comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Em dezembro, o parlamentar solicitou R$ 5 milhões do orçamento secreto. Até então, o petista não tinha solicitações ativas.

Durante a campanha eleitoral, Lula não poupou críticas às emendas de relator. O petista chegou a classificar os pagamentos como a “maior vergonha deste país”.

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