Política
Publicado em 13/04/2022, às 09h17 - Atualizado às 09h28 Redação
Mais um capítulo das “escolas fakes", no Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), é desvendado”. Segundo levantamento do Estadão o esquema é alimentado de emendas do orçamento secreto, o que inviabiliza que as mais de 2 mil novas obras prometidas pelo governo saiam do papel.
O sistema, que não garante a continuidade de repasses, inviabiliza a construção de novas escolas, mas tem o potencial de turbinar a campanha eleitoral de aliados do Planalto. Para construir as 2 mil escolas, creches e quadras que o governo consentiu em redutos de aliados, seriam necessários cerca de R$ 7,6 bilhões. Além disso, ao priorizar os repasses para escolas que ainda nem saíram do papel, os recursos deixam inacabadas outras 3,5 mil obras do gênero e passam a ser usados apenas como propaganda eleitoral.
Em audiência na Comissão de Educação do Senado, na última quinta-feira (7), o presidente do FNDE, Marcelo Ponte, apadrinhado de Ciro Nogueira, disse que o órgão dispõe de apenas R$ 114 milhões para obras paradas. No entanto, a reportagem do Estadão apurou que o valor poderá chegar neste ano a R$ 367 milhões com as verbas do orçamento secreto.
Desde que assumiu a Casa Civil, Ciro passou a ter o controle da parcela do orçamento secreto destinada ao Senado, estimada em R$ 5,5 bilhões para 2022. Por sua vez, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), define o destino da parte reservada aos deputados, um montante na ordem de R$ 11 bilhões.
Procurados, o FNDE e o ministro não se manifestaram.
Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão.
Classificação Indicativa: Livre
iPhone barato
Fones top de linha
Limpeza fácil
Oportunidade
Últimas horas