Política

Otto Alencar queria prender empresário bolsonarista na CPI da Covid; entenda caso

Montagem | Pedro França/Agência Senado e Leopoldo Silva/Agência Senado
História é relatada em livro que revela bastidores da CPI da Covid, no Senado  |   Bnews - Divulgação Montagem | Pedro França/Agência Senado e Leopoldo Silva/Agência Senado

Publicado em 22/10/2022, às 15h50   História é relatada em livro que revela bastidores da CPI da Covid, no Senado


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O senador Otto Alencar (PSD-BA) queria prender o empresário bolsonarista, Luciano Hang, dono das lojas Havan, durante a realização da CPI da Covid, na Casa Legislativa.

A história é relatada no livro “A política contra o vírus: bastidores da CPI da Covid” (Companhia das Letras), escrito pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE), e que chega às livrarias na próxima terça-feira (25).

O executivo catarinense prestou depoimento ao colegiado em 29 de setembro de 2021. Antes da oitiva, no entanto, senadores divergiam sobre a convocação dele.

Uns achavam que o empresário poderia tumultuar o trabalho da comissão e municiar apoiadores com argumentos contrários. Outros viam sua presença como uma oportunidade de propagar ideias como o uso de medicamentos ineficazes contra o coronavírus.

Na oportunidade, entre outras coisas, Hang declarou que não tomou a vacina contra a Covid-19. “Não tomei vacina porque tenho índice de anticorpos altíssimo” afirmou. O empresário foi ouvido e questionado pelos parlamentares por mais de seis horas.

O argumento utilizado pelo empresário não encontra aprovação pelos médicos e autoridades sanitárias, que afirmam que mesmo pessoas curadas da Covid-19 devem tomar a vacina, já que podem voltar a ter o vírus e transmiti-lo.

Porém, Otto Alencar, antes do encontro, tinha um plano, conforme o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Durante bacalhoada, em tom de chiste, o parlamentar brincou que providenciaria uma gaiola do tamanho do dono da Havan. Seria para prendê-lo com sua tradicional vestimenta nas cores verde e amarelo. Para o senador, o fazia lembrar um imenso papagaio.

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