Padre Júlio Lancellotti vira alvo de vereadores de São Paulo; saiba motivo

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs, para investigar a atuação do padre Júlio Lancellotti, da Paróquia de São Miguel Arcanjo, na Cracolândia, e sua relação com entidades. As informações são do jornal O Globo.

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A CPI é de autoria do vereador Rubinho Nunes (UB), um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL), e deve ser instalada já em fevereiro deste ano, no retorno das atividades na Casa. O edil acusa o padre Júlio Lancellotti de fazer parcerias com duas entidades que atuam na região, o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e o coletivo Craco Resiste.

Em entrevista ao Globo, o vereador disse receber "inúmeras denúncias" sobre a parceria entre o religioso e as ONGs nas atividades realizadas no Centro de São Paulo, que dão alimentos, mas não realizam o acolhimento dos vulneráveis. "Existe uma chamada máfia da miséria para obter ganhos por meio da boa-fé da população e isso não é ético e nem moral", disse Nunes.

Essa não é a primeira vez que o vereador ataca publicamente o padre. Em dezembro, Nunes  convocou o religioso a prestar depoimento na Frente Parlamentar em Defesa do Centro, o que gerou críticas de políticos.