Política

Panorama Eunápolis 2024: Prefeita vira alvo da Câmara Municipal e pode ser afastada do cargo; saiba motivo

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Cordélia Torres (União), prefeita de Eunápolis, vem tendo relação estremecida com a Câmara Municipal  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram @cordeliaoficial

Publicado em 01/04/2023, às 17h28   Yuri Abreu


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A tensa relação entre a prefeita de Eunápolis (extremo-sul da Bahia), Cordélia Torres (União), e a maioria dos vereadores da Câmara Municipal ganhou um novo capítulo, nas últimas semanas, e que pode culminar até mesmo no afastamento da gestora municipal do cargo.

Em 2020, ela entrou para a história ao se tornar a primeira prefeita da 16ª maior cidade do estado, desbancando um dos principais nomes da política eunapolitana, Robério Oliveira (PSD), que tentava chegar ao terceiro mandato. Na oportunidade, ela recebeu 29.925 votos contra 22.503 do pessedista.

Contudo, passado este período, houve um intenso desgaste da chefe do Executivo não apenas com os edis, mas também com o vice dela, Wanderson Barros (União).

"Desde o início do mandato, em 2021, a gestora [Cordélia Torres] não conseguiu criar laços com o Legislativo. Ainda assim, ao longo dos primeiros dez meses, empurrou a gestão 'com a barriga'. Mas, naquele mesmo ano, os próprios edis iniciaram uma conversa de cassar o mandato da prefeita, por acreditarem que ela não tinha compromisso com a cidade", afirmou Barros ao BNews em uma reportagem feita no último dia 24 de março.

Mais recentemente, um empresário da cidade, de nome Valvir Vieira, apresentou aos vereadores um documento que comprovaria irregularidades ocorridas na realização do evento "São João se Encontra com Pedrão 2022", evento que contou com uma extensa divulgação, inclusive em Salvador.

O BNews teve acesso ao material, de 54 páginas, junto ao vereador Renato Bromochenkel (Avante), que faz parte do grupo de oposição à Cordélia Torres na cidade.

O conteúdo, segundo ele, foi lido em plenário. No entanto, ainda há outros documentos que foram entregues relacionados a decretos municipais, ações civis públicas e agravos de instrumento junto à Justiça que foram anexadas às provas e podem acabar complicando a vida de Cordélia Torres.

"Uma comissão com três vereadores foi formada e eles serão responsáveis por analisar todos os documentos entregues na denúncia. Mas, os outros 14 vereadores estão também analisando. A chance de afastamento é muito grande, pois foram 12 votos a favor da denúncia e apenas quatro contra", disse Renato Bromochenkel (Avante).

Desde a primeira reportagem feita sobre a crise envolvendo a prefeita Cordélia Torres, seu vice e os vereadores da cidade, tentamos entrar em contato com a gestora, mas sem sucesso. Mais uma vez, reforçamos que o espaço segue aberto para que ela preste os devidos esclarecimentos.

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