Política

Panorama Jacobina 2024: Tiago Dias “domina” cenário, mas enfrenta “dupla oposição”, inclusive dentro da federação; entenda

Reprodução/Instagram/TSE/Divulgação
Prefeito de Jacobina está no primeiro mandato na cidade e tentará a reeleição em 2024  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram/TSE/Divulgação

Publicado em 20/01/2023, às 15h57   Eduardo Dias


FacebookTwitterWhatsApp

O município de Jacobina não reelege um prefeito desde o ano 2000. De lá para cá, os gestores passaram apenas quatro anos sentados na cadeira que comanda a Cidade do Ouro. O BNews já analisou os cenários em Camaçari, Feira de Santana e Lauro de Freitas, fez um panorama da situação política eleitoral por lá.

Atualmente, o prefeito Tiago Dias (PCdoB) tem buscado apoios para viabilizar sua candidatura à reeleição. No entanto, ele enfrenta uma dupla oposição ao seu mandato, inclusive, de dentro da própria federação partidária (PV-PCdoB-PT), da qual faz parte.  

Na eleição de 2020, a qual saiu vencedor, Tiago disputou contra o ex-prefeito Luciano Pinheiro (UB), e contra Mariana Oliveira (PT). Na ocasião, ele foi eleito com 45,82% dos votos (19.207 votos), contra 43,91% de Luciano (18.405 votos) e 10,27% de Mariana (4.306 votos). 

O tempo passou e veio a eleição de 2022, para deputados estaduais e federais. Luciano lançou seu candidato, o presidente da Câmara Municipal, Juliano Cruz (Solidariedade) para a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), e o PT lançou Mariana para federal. 

O resultado foi: Juliano com 12.868 votos e Mariana com 15.490 votos. Tiago, por sua vez, apoiou candidatos de fora da cidade, a exemplo de Júnior Muniz (PT) para estadual e Daniel Almeida (PCdoB) para federal. 

Agora, tanto Juliano quanto Mariana ganharam “corpo” para disputar a Prefeitura em 2024, fazendo com que Tiago começasse a correr atrás do prejuízo logo cedo. O atual prefeito declarou ao BNews que está em pré-campanha a partir do momento que se encerrou a eleição de outubro. 

O impasse para Mariana, por exemplo, é que ela é filiada ao PT, e inclusive preside o diretório municipal do partido, o que impossibilitaria que ela disputasse uma eleição contra Tiago, caso ele seja o nome escolhido da federação para o pleito. Ela teria que pedir desfiliação e mudar de sigla para poder entrar na disputa. 

Isso porque em abril de 2022, as direções nacionais do PT, PCdoB e PV registram o estatuto e o programa da "Federação Brasil da Esperança (FE Brasil)". A federação partidária é válida por quatro anos. 

O BNews apurou que Mariana não pretende deixar o partido, por ser uma “petista raiz”, mas que irá pleitear à federação, em assembleia, seu espaço para disputar o pleito no lugar de Tiago, que tem tido alta rejeição na cidade. Ela, inclusive, tem recebido propostas para se filiar ao PSD local, que quer lançar uma candidatura própria.   

Tiago, por outro lado, rompeu com sua vice, Kátia Alves, ex-Podemos e agora no PSB, e não deve mantê-la para a próxima disputa. Ele não descarta uma composição com a própria Mariana para sua vice.

Já Juliano tem pela frente uma pacificação em seu grupo político. Como nome mais provável, ele deve encabeçar a chapa com Aline Pinheiro como vice. Aline é ex-primeira-dama do município, esposa de Luciano Pinheiro, que não deve concorrer novamente ao pleito. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp