Política
Publicado em 04/07/2022, às 17h38 Redação BNews
Contra as medidas que vêm sendo aprovadas recentemente pelo Governo Federal, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) que aumentam gastos e reduzem receitas dos municípios, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) vai realizar nesta terça-feira (5), em Brasília, uma mobilização com a expectativa de participação por parte de mais de mil prefeitos de todo o país.
De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, a poucos meses das eleições, a CNM denuncia que essa ofensiva, batizada de “pauta grave dos três Poderes”, já tem custo imediato de R$ 73 bilhões por ano com as decisões já aprovadas.
O custo global calculado é R$ 250,6 bilhões ao ano com as mudanças já adotadas nos últimos meses, além de medidas que estão em análise e podem ser aprovadas.
A concentração dos prefeitos terá início pela manhã, na sede da Confederação em Brasília. À tarde, eles se dirigem ao Congresso.
Na ocasião, os prefeitos vão entregar aos parlamentares um mapeamento com o impacto das medidas para cada município.
Na véspera das eleições, a CNM quer chamar atenção do custo elevado para as finanças das localidades onde eles pretendem se reeleger. É uma tentativa de pressão para barrar o avanço das medidas que ainda não foram aprovadas.
Apesar do desgaste com os prefeitos, os deputados e senadores seguem aprovando as medidas, entre elas, projeto que fixou um teto entre 17% e 18% para o ICMS de combustíveis, energia elétrica, transporte urbano e telecomunicações.
O impacto dessa medida é R$ 22,06 bilhões. Do lado das despesas, o potencial de aumento é de até R$ 176,8 bilhões ano, dos quais R$ 41,9 bilhões já aprovados.
As pautas que tratam de redução de arrecadação possuem impacto estimado pela CNM de R$ 51,6 bilhões por ano, sendo R$ 31,2 bilhões de medidas já aprovadas.
Para justificar as medidas, governo e políticos têm argumentado que a redução de receita é justificada, já que Estados e municípios têm apresentado arrecadação elevada.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, sempre reforça o discurso que o governo já transferiu mais de R$ 500 bilhões aos governadores e prefeitos e que o caixa deles está elevado.
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