Política

Perto de aniversário do golpe, Lula investe em boa relação com militares

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Lula mantém uma estratégia de não repreender as Forças Armadas  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert / PR
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 17/03/2024, às 07h55


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A pouco mais de duas semanas para o aniversário de 60 anos do golpe militar no Brasil, o presidente Lula (PT) tem evitado tecer críticas às Forças Armadas. Essa estratégia está sendo adotada para manter uma boa relação com os militares. Isso tudo em meio às investigações da minuta golpista do ex-presidente Bolsonaro (PL). 

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Apesar disso, historiadores tem criticado a posição do chefe do executivo brasileiro pela suspensão das celebrações oficiais em memória de 31 de março de 1964. Além disso também há uma reclamação pela demora na recriação da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos. Vale lembrar que, recentemente, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou a recriação da comissão e que mesmo com um decreto pronto desde 2023, Lula ainda não decidiu quando o implementará.

De acordo com a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, Lula estaria mais preocupado com a tentativa de golpe de Estado do último dia 8 de janeiro do que com o ocorrido em 1964. Essa situação, inclusive, endossa o que pensam os militares que, segundo a colunista Malu Gastar, do jornal O Globo, não devem se manifestar no próximo dia 31 de março. Isso é devido à contínua tentativa em distensionar o relacionamento entre o Planalto e os militares.

O QUE PENSAM OS MILITARES

Sobre a volta da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, existe uma forte resistência das Forças Armadas. Inclusive, o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Joseli Parente Camelo, declarou que esse retorno seria "completamente desnecessário" e que não se deve "olhar o país pelo retrovisor".

MINISTRO REBATEU

À época, no fim de 2023, o ministro titular do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida se manifestou sobre a fala do presidente do STM. Para ele, não se pode "varrer a sujeira para debaixo do tapete".

Desnecessário é achar que podemos virar a página da história de um passado de dor, simplesmente varrendo a sujeira para debaixo do tapete", afirmou Silvio Almeida, em 2023.

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