Política

Peso político e capacidade técnica definirão 2º escalão do governo Lula, diz Rui Costa

Ricardo Stuckert/PT
Na abertura da reunião, Lula pregou união do país, elogiou a classe política, pediu a seus ministros que deem o máximo de atenção possível a parlamentares  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert/PT

Publicado em 06/01/2023, às 20h30   Marianna Holanda, Victoria Azevedo, Renato Machado, Matheus Teixeira e Nathalia Garcia//Folhapress


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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (6) que a montagem do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca contemplar capacidade técnica e política, visando articulação no Congresso Nacional e governabilidade.

A declaração ocorreu após a primeira reunião ministerial do governo. O ministro foi o único dos 37 a falar com a imprensa após o encontro.

"Não são composições com pessoas diferentes. São composições que buscam buscar pessoas que reúnam as duas qualidades: tenham representação, do peso politico no Congresso, e tragam consigo uma capacidade técnica de encaminhar aquilo que é pertinente à sua pasta e à área onde ele vai ser indicado", afirmou Rui Costa.

Há uma disputa por cargos no segundo escalão entre partidos que apoiaram a candidatura de Lula na corrida eleitoral e não foram contemplados no ministério, entre eles Avante, Solidariedade e PV –este último integra a federação com o PT.

No último dia 29, Lula fechou seu ministério com espaço ampliado para MDB, PSD e União Brasil. Os dois primeiros partidos indicaram três ministros cada um para o futuro governo. Já a União Brasil tem dois representantes no ministério: Daniela Carneiro, no Turismo, e Juscelino Filho, em Comunicações.

Mas, na prática, ainda conta com um terceiro nome indicado pelo ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP): Waldez Goes. O ex-governador do Amapá é filiado ao PDT, mas pertence ao grupo político do ex-presidente do Senado e está licenciado de sua legenda.

O PT manteve sob seu controle 10 ministérios, com algumas posições centrais, como a Casa Civil e os ministérios da Economia e da Educação. Além deles, foram contemplados PSB, PDT, PSOL, Rede e PC do B.

O petista tem afirmado em discursos que fará um governo de frente ampla e que buscará a conciliação no país.

Na abertura da reunião, Lula pregou união do país, elogiou a classe política, pediu a seus ministros que deem o máximo de atenção possível a parlamentares, dizendo que todos devem ser bem tratados nos ministérios.

O petista afirmou ainda que "é o Congresso que nos ajuda, nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso". "Não tem importância que você divirja de um deputado ou senador.

Quando a gente vai conversar, a gente não está propondo um casamento, estamos propondo aprovar uma tese ou fazer uma aliança momentânea em torno de algum assunto que interessa ao povo brasileiro", disse Lula.

"Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro", seguiu o presidente.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, o encontro do primeiro escalão também serviu como momento de alinhar o discurso entre os ministros e o Planalto. Durante a semana, titulares das pastas deram declarações desencontradas com o que pretende o mandatário.

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