Política

PF intima servidores da Abin para depor sobre reunião; saiba mais

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Reunião em questão aconteceu na última quinta-feira (25)  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Gov.br

Publicado em 28/01/2024, às 20h02   Cadastrado por Edvaldo Sales


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Três servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram convocados pela Polícia Federal (PF) para depor sobre uma reunião extraordinária convocada pela cúpula da Agência enquanto a PF saia às ruas na última quinta-feira (25). As informações são do Estadão.

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A averiguação da PF sobre a reunião interna se dá no bojo do braço da investigação sobre suposto “conluio” entre a atual gestão do órgão e servidores que já estavam na mira da PF.

A reunião em questão ocorreu na quinta, antes de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantar o sigilo da decisão que mobilizou agentes da PF para cumprirem 21 mandados de busca e apreensão. O principal alvo da ofensiva foi o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a agência na gestão Bolsonaro e hoje é pré-candidato à prefeitura do Rio com o apoio do ex-chefe do Executivo.

De acordo com o Estadão, a linha investigativa que tem a cúpula da Abin na mira apura se, a pretexto de proteger informações “sensíveis”, a agência estaria dificultando acesso a dados necessários ao avanço da investigação. 

“A preocupação de ‘exposição de documento’ para segurança das operações de 'inteligência', em verdade, é o temor da progressão das investigações com a exposição das verdadeiras ações praticadas na estrutura paralela, anteriormente, existente na Abin”, diz um trecho do relatório da PF que culminou na Operação Vigilância Aproximada.

Além disso, a PF crava que a conduta prejudicou a investigação. “A direção atual da Abin realizou ações que interferiram no bom andamento da investigação sem, contudo, ter sido possível identificar o intento das ações.”

O atual chefe da Abin, Luiz Fernando Corrêa, responsável por convocar a reunião no dia 25, ainda teria estado presente, segundo a PF, na reunião em que o ex-diretor da agência e sucessor de Ramagem, Alessandro Moretti, afirmou que a investigação tinha “fundo político e iria passar”.

Ainda conforme o Estadão, à PF os investigados disseram que a direção atual da Abin teria se comprometido a “construir uma estratégia em conjunto” e “convencer o pessoal que há apoio lá de cima”.

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