Política

PF investiga novas irregularidades em registro de vacinação de Bolsonaro

Isac Nóbrega / PR
Além das doses recebidas no Rio de Janeiro, o ex-presidente teria se vacinado em São Paulo  |   Bnews - Divulgação Isac Nóbrega / PR
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 04/05/2023, às 13h45


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A operação da Polícia Federal (PF) que investiga as suspeitas de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde encontrou uma segunda suspeita de adulteração no comprovante de vacinação de Jair Bolsonaro (PL).

A primeira suspeita de irregularidade envolvendo o ex-presidente ocorreu em Duque de Caxias (RJ), onde há um registro de uma dose aplicada em Bolsonaro, no dia 21 dezembro de 2021. Na oportunidade, o ex-mandatário teria recebido a Pfizer.

O segundo apontamento ocorreu no dia em 27 de dezembro também de 2021 o mesmo ano, na UBS Parque Peruche, na Zona Norte de São Paulo. Na ocasião, Bolsonaro teria recebido a dose única da Janssen.  Após os dados serem inseridos, a conta do ex-presidente no ConecteSUS emitiu o comprovante de vacinação.

As duas doses da Pfizer ainda constavam no sistema, assim como a da Janssen. De acordo com a PF, chamou a atenção o curto intervalo entre a inserção, a retirada dos dados e a emissão dos comprovantes feita por auxiliares de Bolsonaro.

Outro ponto que levantou suspeita ocorreu no dia 30 de dezembro de 2022. Naquele dia, um novo acesso ao ConecteSUS de Bolsonaro foi feito duas horas antes de sua viagem aos Estados Unidos. O logar foi feito pelo celular do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que emitiu um terceiro certificado de vacinação em nome do ex-presidente. Desta vez, o documento apresentava apenas a dose única da Janssen, que teria sido aplicada em São Paulo.

De acordo com a coluna de Igor Gadelha, no site Metrópoles, além dos três comprovantes emitidos no Brasil, Bolsonaro teria a uma quarta versão do documento que foi emitido no dia 14 de março, poucos dias antes de sua volta ao Brasil.

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