Política
A Polícia Federal (PF) revelou em relatório que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o país em 2022 seguindo um plano de fuga militar, elaborado para evitar sua prisão caso os atos golpistas fracassassem. A estratégia, descoberta em um notebook do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, detalhava medidas de evasão sob o título “RAFE/LA” (Rede e Linha de Auxílio à Fuga e Evasão). As informações são da CCN.
Segundo a reportagem, o documento, composto por cinco slides criados em março de 2021, trazia logotipos de unidades de elite do Exército, como o Comando de Operações Especiais (COpEsp). A apresentação descrevia cenários de ruptura institucional, como a intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) em decisões do Executivo, a cassação da chapa presidencial de 2022 ou o veto ao voto impresso.
Entre as estratégias do plano, estavam:
Ainda de acordo com a reportagem, a PF concluiu que o plano foi parcialmente executado no final de 2022, após o fracasso dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Sem o apoio das Forças Armadas para consumar a ruptura, Bolsonaro deixou o Brasil para evitar prisão e acompanhar os desdobramentos de fora.
O relatório aponta que o plano reflete o alto grau de organização dos envolvidos, com uma abordagem detalhada e militarizada para confrontar o Poder Judiciário. A PF destacou que o objetivo era garantir a continuidade de Bolsonaro como líder político, mesmo diante de adversidades institucionais.
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