Política

Targino dispara contra Nilo após servidor ser remanejado: foi uma perseguição

Publicado em 16/12/2015, às 08h24   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)



Um servidor da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) foi remanejado após participar de uma mobilização do funcionalismo estadual contra o projeto do Executivo baiano, que tem sido chamado de “pacote da maldade”. A ordem para recolar o servidor Evandro de Carvalho Filho partiu do presidente da Casa, deputado estadual Marcelo Nilo (PDT).
Nesta terça-feira (15), o parlamentar Targino Machado (DEM) subiu à tribuna e criticou a medida do presidente Marcelo Nilo. Na avaliação dele, o comandante da Alba praticou um “ato lamentável e de perseguição”.
“É muito grave o que aconteceu. O presidente que estufa o peito dizendo que foi o deputado que mais tempo passou na oposição não aprendeu os princípios da liberdade e democracia”, disparou o deputado Targino.  
Segundo o democrata, o remanejamento provocou um corte de mais de R$ 900 no salário do servidor. “Evandro é um funcionário muito querido na Casa e já tem mais de vinte anos. Não foi demitido porque não pode. Ele é concursado”, fez questão de destaca Targino.
Ainda segundo o parlamentar, o coronel Yuri Pierre Sampaio Lopes teria visto Evandro participando da mobilização e pediu uma abertura de processo administrativo contra o servidor. “Foi a análise mais rápida que vi na história. No dia seguinte, já estava no Diário Oficial o remanejamento”, disse o deputado, criticando a atitude do coronel durante a mobilização.“Ele é um truculento, bateu em mulheres no protesto. É o bezerro mais bem leitado pelas tetas da Casa”, ressaltou. 
Sindicato
O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindsalba), Flávio Abreu, também criticou a medida do presidente Marcelo Nilo. Para ele, o remanejamento foi feito de forma “arbitrária”.
“Todos temos direito à greve, paralisação e manifestação e o setor não foi prejudicado. Vamos entrar com mandado de segurança com pedido de liminar para garantir a livre manifestação, além de pedir que a gratificação do servidor seja mantida. Vamos denunciar também o assédio moral”, disse o representante sindical. 

Publicada originamente às 15h do dia 15 de dezembro

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