Política

Para oposição, discurso de Rui é “reprise” de 2015

Publicado em 02/02/2016, às 09h33   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)



O governador Rui Costa levou duas horas para discursar na Assembleia Legislativa da Bahia, na recondução dos trabalhos parlamentares, nesta segunda-feira (1). Contudo, para a oposição, o balanço das ações não passou de uma “reprise”, “reedição” do discurso do chefe do Executivo baiano, quando assumiu em 2015.

"Numa extensa fala de mais de duas horas o governador patinou por ações de varejo, sem apresentar a concretização das ações macro e relevantes para a Bahia anunciadas em seu discurso de posse", criticou o líder da oposição, deputado Sandro Régis (DEM).

O vice-líder da oposição, Pablo Barrozo (DEM) apontou que promessas do ano passado foram repetidas hoje. Barrozo citou ainda programas do governo Wagner que foram recriados pelo governador Rui Costa. “A mensagem do governador hoje foi: vamos continuar a mesma inércia de 2015 em 2016. Não tem muito o que falar de 2015 porque foi um ano inerte, paralisado, sem grandes projetos. Ele prometeu coisas já prometidas no governo Jaques Wagner. O programa Educar Para Transformar é a prova disso. Uma cópia do Pacto Todos Pela Educação. E passou-se um ano e o governador não deu um resultado efetivo. Discurso reprise”, acrescenta.

O deputado Carlos Geilson (PSDB) ressaltou que o governador não trouxe nenhuma novidade e que os dados apresentados precisam ser acompanhados para que não se tornem “duvidosos”. O tucano ainda lembrou que Rui Costa não mencionou alguns pontos, como a demissão de funcionários da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e do Departamento de Infraestrutura de Transportes (Derba). “É um discurso requentado em relação a 2015. Até vemos boa vontade do governo, mas isso não resolve. Foi um discurso muito técnico, embora ele tenha começado com um discurso poético, mas na prática não tem nada de novo. Apenas dados”, reforça.

Já Alan Sanches, recém-chegado na oposição, destacou o que considerou um prenúncio do descreditado do executivo estadual. "Hoje ficou comprovado que a falta de credibilidade não está sendo apenas com a população que tanto vem sofrendo com o descaso desse governo, mas com os próprios pares. Para se ter ideia, dez de deputados faltaram ao ato, que é tido como um marco, e dois deles do PT, partido do governador. Da bancada federal vi apenas três, senador não vi nenhum, muito menos os funcionários de alto escalão e integrantes de movimentos sociais e sindicatos. Enfim, sobraram vagas no estacionamento, o que nunca ocorreu nos meus seis anos de mandato e só comprova o desprestígio de Rui Costa", disparou.

Atualizada às 20h30, publicada originalmente dia 1º de fevereiro

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