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Polícia indicia hackers que espionaram executivos da JBS

Marcelo Camargo/Agência Brasil
As investigações sobre o caso começaram após a J&F confirmar uma invasão de e-mails.  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 26/07/2022, às 07h25 - Atualizado às 07h40   Redação


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Após conclusão de investigações, a Polícia Civil de São Paulo indiciou quatro hackhers por invasão de emails e celulares de diretores da J&F. Moema Ferrari, Danilo Vaz Bernardi, Leonardo Lopes e Leonardo Sena, apontados como especialistas em tecnologia e programação, podem ser processados por associação criminosa, invasão de aparelho eletrônico e interceptação telefônica.

De acordo com informações do O Bastidor, o grupo agiu para "grampear" emails e telefones de diretores do conglomerado de Joesley e Wesley Batista, que protagoniza uma disputa judicial desde 2019 com a Paper pelo controle da Eldorado Celulose. Ao todo 115 executivos da J&F foram grampeados e 70 mil comunicações interceptadas.

Investigações policiais apontam que a Paper pode ter sido a mandante do grampo, uma vez que foi comprovada a ligação com Moema Ferrari, que prestava serviços à empresa quando ocorreu o hackeamento da J&F.

A ligação foi comprovada através do depoimento de Bernardi, que confirmou e mostrou provas de que foi contratado e pago por Ferrari para invadir os sistemas da J&F. O programador disse à polícia que foi contratado a princípio para fazer um teste de segurança. Segundo ele, só após alguns questionamentos sobre a natureza do serviço é que descobriu que o objetivo era invadir o sistema da J&F.

Bernardi admitiu que combinou pagamento de 60 mil reais com Ferrari pelos serviços prestados e apresentou à polícia nota fiscal comprovando o recebimento de R$ 45 mil. Também há nas investigações registros de conversas entre ambos detalhando como fariam a invasão.

INVESTIGAÇÃO - As investigações sobre o caso começaram após a J&F confirmar uma invasão de e-mails. A empresa havia sido avisada por um amigo, que teria descoberto a situação em fóruns de hackers na internet e na deep web. Um email teste foi pelo diretor jurídico e a mensagem foi parar numa caixa de entrada paralela no sistema. Após o ocorrido, duas investigações foram abertas: uma na 2ª Vara de Crimes Tributários e Organização Criminosa, e outra na Vara Criminal de Diadema.

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