Política

PF investiga repasse de R$ 1,2 mi e sociedade de doleiro com Argôlo

Publicado em 11/04/2015, às 06h11   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Preso nesta sexta-feira (10), na 11ª etapa da Lava Jato, o ex-deputado Luiz Argolo (SD-BA) recebeu ao menos R$ 1,2 milhão do doleiro Alberto Youssef e, segundo as investigações da Polícia Federal, chegou ainda a ser sócio dele na empresa Malga Engenharia. O próprio doleiro, em sua delação, afirmou que fez repasses a Argôlo desde quando o conheceu, em 2011.
Quatro notas fiscais apreendidas na Arbor Consultoria, uma das empresas utilizadas por Youssef para emitir notas frias, somam o valor de R$ 1,2 milhão. As notas foram emitidas em 2013 para as empresas Grande Moinho Cearense e M. Dias Branco. O próprio Youssef e sua contadora Meire Pozza admitiram que as notas foram feitas para justificar os repasses de dinehiro a Argôlo. Segundo o doleiro, a maior parte do dinheiro foi entregue no apartamento funcional do então parlamentar, em Brasília. Argôlo deixou o PP no fim de 2013 e transferiu-se para o Solidariedade.
Mensagens telefônicas entre o doleiro e o então parlamentar interceptada pela Polícia Federal mostram ainda que Argolo chegou a tratar do recebimento de dinheiro com o doleiro, tendo inclusive indicado o endereço de seu apartamento funcional para receber valores.
Além disso, no decorrer das investigações, a força-tarefa constatou que o ex-parlamentar e Youssef teriam constituído uma sociedade na empresa Malga Engenharia. “Alberto Youssef e João Luiz Argolo teriam adquirido a empresa em 2013 de Leonardo Meirelles, mas mantido no quadro social a pessoa interposta que ali já figurava, Adriano Roberto. Ainda assim a GFD Investimentos, empresa controlada por Alberto Youssef e por ele utilizada para investimentos, ingressou no quadro social em março de 2013″, assinala o juiz Sérgio Moro em sua decisão que determinou a prisão preventiva do ex-parlamentar .
Fonte: Estadão
Publicada no dia 10 de abril de 2015, às 10h

Classificação Indicativa: Livre

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