Política

Neto detona oposição: é uma sandice usar uma tragédia para fazer política

Publicado em 30/04/2015, às 18h48   Juliana Nobre (Twitter:@julianafrnobre)


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O prefeito ACM Neto (DEM) detonou os opositores, na tarde desta quinta-feira (30), que tentaram iniciar um debate político-eleitoral durante o desastre decorrente das chuvas que vitimou 15 pessoas. Ao Bocão News, o prefeito classificou como ‘sandice’ a investida dos contrários. 

“É uma irresponsabilidade, uma sandice utilizar um momento como esse para fazer um debate político-eleitoral. Realmente é lamentável. A prefeitura está trabalhando muito, toda a nossa equipe. Eu pessoalmente tenho acompanhado cada detalhe na tentativa de normalidade da cidade”, disse o gestor.

Na quarta-feira (29), os vereadores contrários amenizaram o tom das críticas e aprovaram o projeto que beneficia às vítimas de tragédias naturais com até três salários mínimos.

ACM Neto disse estar tranquilo e convencido de que se sua administração não tivesse investido R$ 467 milhões em infraestrutura e manutenção, as consequências da chuva seriam maiores. “Não adianta imaginar que o investimento de dois anos vai resultar em prevenção para a cidade toda. Só o investimento de muitos anos é que vai permitir a manutenção. E se alguém disser que poderia ter feito mais está se aproveitando da situação para fazer política”, criticou.

Em relação às declarações dos opositores de que a prefeitura tem priorizado bairros de classe média e obras grandiosas, como a revitalização da Barra, deixando de lado bairros periféricos, Neto não se preocupou. “É uma bobagem. É só olhar o orçamento. Investimos 200 milhões de reais em manutenção no ano passado. Quase três vezes mais o valor da obra na Barra. A gente tem que trabalhar pela cidade toda e em todas as áreas. O que a oposição deveria fazer é prestar solidariedade aos moradores que estão sofrendo, preocupadas em ajudar, dar apoio e não fazer debate político em cima de uma tragédia”, completou.

Investimentos

De acordo com a prefeitura, a atual administração teve que renegociar os contratos com a Caixa Econômica Federal e elaborar os projetos para obras de contenção de encostas. Do contrato de R$ 22 milhões para construir 20 encostas, duas já foram concluídas, nove estão em andamento e outras nove estão em revisão.

Em setembro de 2014, a gestão encaminhou documentação para a reprogramação dos recursos federais, mas ainda não obteve resposta. Esta semana, quando esteve em Salvador, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, prometeu liberar os recursos.

São 35 milhões para a construção de 32 encostas, com recursos próprios, e R$ 12 milhões para outras 18, com recursos federais. 

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