Política

Governador diz que não tem como salvar Nilo e cobra economia nos gastos

Publicado em 20/10/2015, às 13h03   Cíntia Kelly (@cintiakelly_) e David Mendes (@__davidmendes)



Por falta de aviso não foi. O governador Rui Costa (PT) afirmou, nesta terça-feira (20), que o Executivo não terá como suplementar os R$ 17 milhões que o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (sem partido), precisa para fechar as contas do exercício financeiro deste ano do Legislativo baiano.

“Temos recebido vários pedidos de outros órgãos ligados ao Executivo e não tem dinheiro para suplementação”, avisou, em entrevista ao Bocão News, durante participação em um evento na Cidade do Saber, em Camaçari.

O governador ainda pediu, mais uma vez, para que os gestores economizem “porque a situação [financeira] é muito grave”.

Conforme dados da Transparência Bahia, de janeiro a agosto deste ano, o governo já repassou à Alba R$ 246 milhões, o que dá uma média de R$ 31 milhões mensais. Contando com o dinheiro extra que, segundo o chefe do Legislativo foi prometido em dezembro do ano passado, antes de Rui Costa tomar posse, Marcelo Nilo gastou mais do que estava previsto e, agora, sem a suplementação, o rombo nas contas da Assembleia Legislativa deverá chegar a R$ 17 milhões, conforme o mesmo revelou ao jornal A Tarde.

Na prática, Nilo terá que cortar drasticamente os atuais gastos da Alba e, caso não, poderá sofrer severas sanções previstas ao descumprir o Artigo 167 da Constituição Federal, por exemplo. As penalidades também estão previstas no descumprimento do que determina a Lei Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Lei do Direito Financeiro (4.320/64). Entre as penalidades, previstas na Lei Nº 1.079/50, está os chamados "crimes de responsabilidade". Conforme o Artigo 10, é considerado crime de responsabilidade "exceder ou transportar, sem autorização legal, as verbas do orçamento e infringir, patentemente, e de qualquer modo, dispositivo da Lei orçamentária.

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