Política

Prates minimiza pedido de vista da oposição: “já era esperado”

Publicado em 06/06/2016, às 11h46   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)



O vereador Leo Prates (DEM), relator do projeto do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), minimizou, na manhã desta segunda-feira (6), o pedido de vista (isto é, mais tempo para estudar a matéria) do vereador Everaldo Augusto (PCdoB), na votação da proposta hoje nas comissões.

“Já era esperado. Totalmente previsto. Estamos respeitando toda legalidade do processo. Entregamos o anexo (com as emendas) e o parecer. Espero que eles [oposição] façam um bom proveito do tempo e estudem. Agora, esse PDDU é o melhor da história de Salvador e o mais democrático e transparente”, afirmou.

O comunista Everaldo Augusto pediu vista alegando que a oposição precisa de mais tempo para analisar o projeto que  é "complexo" e "polêmico". "Não concordamos com essa proposta que está aí, porque só beneficia os grandes grupos econômicos da cidade. Não tenho elementos para dizer se é inconstitucional a matéria, mas enquanto ao conteúdo sou totalmente contra", disse o comunista, que teve sete emendas acatadas das 26 apresentadas.

Na mesma linha, a líder da bancada de oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), também reclamou sobre a tramitação da proposta. "Queremos que o presidente [vereador Paulo Câmara - PSDB] tenha atenção aos nossos apelos, porque queremos o melhor PDDU para a cidade", afirmou.

Segundo o relator Leo Prates, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o vereador Everaldo Augusto apresentará seu voto-vista na próxima quinta-feira (9), no auditório do Bahia Center e a votação está prevista agora nas comissões no dia 10.

Ação judicial

O líder do governo na Câmara, vereador Joceval Rodrigues (PPS), criticou a decisão do colega Hilton Coelho (PSOL) de ingressar com uma ação na Justiça para suspender a votação do novo plano na Câmara.

" O ideal é que não tenha essa votação. Está evidente que esse projeto não tem sustentação técnica e é insuficiente", disse Hilton. Para Joceval, o objetivo da ação é apenas atrasar o processo. “É uma verdadeira força do atraso. Foi um processo feito de uma forma transparente”, pontuou. “Ele só compareceu a nove das 19 audiências, a população que deveria judicilizar ele por essas ausências. Além disso, as emendas apresentadas têm insuficiência técnica”, provocou.

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