Política

PCdoB ainda acredita em chapa com PT e PSB

Publicado em 05/07/2016, às 15h30   Juliana Nobre



Apesar de ser dada como certa a chapa PT-PSB, que deverá ser anunciada na próxima sexta-feira (8), o presidente estadual do PCdoB, deputado federal Daniel Almeida, ainda acredita na unidade das três siglas para o pleito de Salvador. Em conversa com o Bocão News, o parlamentar afirmou que conversou com o presidente do PT, Everaldo Anunciação, depois da repercussão na imprensa, e o petista disse que a decisão ainda não foi tomada.

“Não estou sabendo de nada oficial. Não nos foi comunicado nada. Conversei com Everaldo há pouco e ele me disse ter encaminhado nota informando que as negociações ainda estão abertas e só terá uma posição na sexta-feira”, disse o comunista.

Contudo, o presidente da sigla comunista já falou sobre a aliança com outros partidos, caso configure-se o cenário PT-PSB. “Eu tenho conversado com [Jaques] Wagner, Lídice, Otto e essas conversas vão continuar. Pode ser que haja esse afunilamento das candidaturas, que era o plano inicial, de múltiplas candidaturas. Houve até uma consciência da unidade, mas a unidade ainda é um desejo do PCdoB”, reforçou.

Daniel Almeida ainda ressaltou a importância do posicionamento do governador Rui Costa, que nos últimos dias afirmou que se dedica mais à gestão que à política. “Não tive conversas com Rui recentemente. Acho até que há uma necessidade do posicionamento do governador. Ele é, antes de tudo, um líder político que cuida também da gestão. O líder lidera o processo político e administrativo”, alfinetou.

O impasse ainda está em torno da coligação proporcional. De acordo com fontes petistas, os comunistas não querem fazer coligação com o PT, já que querem eleger três vereadores. Na chapa com o PT, seria mais difícil atingir esse número. 

Decisão do PT

Fontes petistas dão como certa a aliança PT-PSB tendo como vice o vereador Gilmar Santiago. Outro nome que surgiu na disputa é do ex-deputado estadual Yulo Oiticica, mas a necessidade de um nome que agregasse mais em torno de bairros mais populares refutou o ex-parlamentar.

Em relação às três outras alternativas (Afonso Florence, Valmir Assunção e Jorge Solla), há casos a se ponderar. Afonso Florence ainda teria um papel a cumprir como líder do PT na Câmara dos Deputados; o ex-secretário de Saúde, Jorge Solla, não teria apoio de todo o governo do Estado e da direção do PT; Valmir Assunção seria a última alternativa.

A reportagem tentou contato com o presidente do PT, mas as ligações não foram atendidas.

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