O ex-presidente Lula indicou diretores da Petrobras para que eles distribuíssem a propina para os partidos, de acordo com o procurador do Ministério Público Federal Deltan Dallagnol.
Segundo Dallagnol, o governo do ex-presidente estabeleceu uma “propinocracia”. “Lula estava no topo da pirâmide do poder. No período em que foi estruturado o esquema criminoso do Petrolão, foi Lula que deu provimento aos altos cargos da administração pública federal”, concluiu.
Além da atuação individual, o Ministério Público Federal viu ação pessoal de Lula no esquema. “O funcionamento do Mensalão e da Lava Jato dependia não só do poder de Lula como comandante, mas como líder partidário”, indicou.
Ainda de acordo com Deltan, as propinas serviam para alcançar uma governabilidade “mediante corrupção, alcançar em favor do PT uma perpetuação criminosa no poder, juntando recursos para campanhas, e alcançar o enriquecimento ilícito dos envolvidos”.
ELO COMUM E NECESSÁRIO - Segundo a coletiva do MPF, Lula era o "elo comum e necessário" para o estabelecimento da corrupção nas estatais. Este elo envolvia diversas pessoas, como José Dirceu, João Santana, João Vaccari, Bumlai, Paulo Ferreira, André Vargas e José de Filippi Jr.
