Política

Wagner e JH são criticados em seminário do PMDB

Imagem Wagner e JH são criticados em seminário do PMDB
Partido realizou encontro neste sábado, na Câmara Municipal de Salvador  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/07/2011, às 11h41   Daniel Pinto




O PMDB é o maior partido do Brasil. São 1200 prefeitos, 8500 vereadores, mais de 70 deputados federais, 20 senadores e quase 2,4 milhões de filiados em todo o país. Mesmo assim, a legenda está em busca de mais militantes. Além disso, o PMDB deu início a um projeto de preparação para lideranças. Com este intuito e de olho nas próximas eleições, o presidente nacional da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha, tem percorrido os quatros cantos do Brasil com o seminário “Estradas e Bandeiras”.

Neste sábado (9), a cidade escolhida foi a capital baiana. O evento aconteceu no Centro Cultural da Câmara Municipal de Salvador. Os trabalhos foram abertos pelo presidente regional do partido, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, que deu as boas-vindas a todos e falou sobre a importância de ouvir as bases para compor programas partidários e políticas públicas.


Em seguida, foi a vez do presidente nacional do PMDB, o senador Valdir Raupp, de Rondônia. Inicialmente, tomando como base a situação do partido na Bahia, ele falou sobre as dificuldades de estar afastado da base governista. “Sabemos que não é fácil ser oposição e lutar contra a máquina. É uma tarefa penosa, mas não podemos desanimar. Foram os eleitores que nos colocaram nesta condição e temos que seguir firmes. Entretanto, não podemos esquecer que temos seis ministérios e o vice-presidente da República. Portanto, vamos intensificar o trabalho e fortalecer ainda mais o nosso partido para os próximos desafios que virão em 2012 e 2014”.

Raupp aproveitou a oportunidade para cutucar o prefeito João Henrique, ex-integrante do PMDB, e enaltecer a iniciativa de Lúcio e Geddel Vieira Lima em convidar o apresentador Mário Kertész para disputar o Palácio Thomé de Souza no ano que vem. “Quando cheguei em Salvador, peguei um táxi até o hotel e vim conversando com o taxista. Ele me disse que graças ao PMDB e ao trabalho de Geddel como ministro o atual prefeito conseguiu se reeleger. Mas, logo depois, abandonou o nosso grupo político. Agora, ao invés de abaixarmos a cabeça, já fizemos o convite para Mário Kertész. É isso que tem que ser feito! Trabalhar, fortalecer o partido e pensar no futuro. Hoje, temos uma aliança com o PT na esfera federal. Mas, quem sabe, possamos até disputar a presidência da República. Porque, como dizia Ulysses, navegar é preciso, viver não é”.


Foi a vez do vice-presidente da Caixa Econômica, Geddel Vieira Lima, que mesmo sem mandato continua como a principal liderança do PMDB no estado. Primeiro, ele deu um recado ao senador Raupp. “Quero tranqüilizar a direção nacional e dizer que nunca tivemos medo de ser oposição. Fomos governo num curto período com Valdir Pires e em dois anos com Wagner. Se vocês quiserem saber como se faz oposição, venham apreender aqui conosco”.

Geddel foi aplaudido. Mas, não parou por aí. “Dizem que há uma grande contradição em apoiar o governo federal e não fazer parte da base aliada aqui na Bahia. Não vejo desta forma. Dilma faz um bom trabalho no governo de continuidade do presidente Lula. Mas, aqui na Bahia o governo está desnorteado e completamente estagnado. Só para citar um exemplo de Salvador, existe uma passarela na Avenida Paralela, em frente ao estádio de Pituaçu, que aguarda três anos para ser construída. Quero dizer que vamos perder algumas eleições e vamos ganhar outras. Entretanto, o PMDB na Bahia seguirá unido. Estamos vivos e fortes! Sabemos das dificuldades, mas vamos fazer como sempre fizemos: gastar sola de sapato e falar com as pessoas com proselitismo”.

Na platéia, filados, simpatizantes, lideranças da capital e interior, além de vereadores, deputados, dirigentes e outras autoridades.

Fotos: Gilberto Júnior/Bocão News

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