Política

Baiano, ex-executivo da Odebrecht conta relação com políticos da terra

Publicado em 10/12/2016, às 16h32   Alexandre Galvão


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Responsável pela mais nova delação que sacode a República, Claudio Melo Filho relata na sua colaboração premiada que mantinha relações próximas agentes políticos da Bahia - sua terra natal. 
Segundo o relato de Melo, em 2014, quando chegou em Brasília, ainda não "militava" no meio político. Ele, no entanto, já conhecia alguns políticos da sua terra: Geddel Vieira Lima, José Carlos Aleluia, João Almeida e Jutahy Magalhães.
Ainda de acordo com o ex-executivo da Odebrecht,  os poucos relacionamentos do PT que tinha, foram herdados do pai. São eles: Jaques Wagner e Walter Pinheiro. 
"Particularmente, não mantinha relação com o PT. Sabia que o apoio legislativo oferecido pelos agentes políticos às empresas se dava, na prática, ao menos em troca de contribuições em períodos eleitorais, quando não em troca de contrapartidas financeiras mais imediatas, conforme demonstrarei em alguns meus relatos. Por causa disso, vários agentes políticos tentaram se aproximar de mim", afirmou. 
INFÂNCIA - no texto Melo lembra de sua amizade de infância com o deputado estadual Leur Lomanto Jr. (PMDB). "O pagamento realizado em 2014 teve como premissa o meu reconhecimento de suas pretensões políticas maiores (atualmente é deputado estadual), pois pertence a família tradicional do sul do Estado da Bahia, sendo filho de ex-deputado federal e neto de ex-governador de Estado. Agrega aos fatos acima a relação pessoal, desenvolvida por nossos pais, tendo seu pai Leur Lomanto trabalhado como estagiário junto a meu pai em uma empresa de e engenharia na Bahia na década de 1970", diz. 
LAÇOS - Entendendo a importância do seu trabalho para a Odebrecht, o ex-executivo "percebeu que deveria selecionar determinados agentes com relevância política e que teriam melhores condições de gerar resultados positivos para a minha empresa". Daí, então, escolheu parlamentares "que preferencialmente exercem forte liderança em seu partido e em seus pares". 
"Ao longo desses anos, mantive contatos mais frequentes com os seguintes agentes políticos: João Almeida (BA), Renan Calheiros, Moreira Franco, Bruno Araújo, Heráclito Fortes, Arthur Maia (BA), Geddel Vieira Lima (BA), José Carlos Aleluia (BA), Ciro Nogueira, Romero Jucá, Antonio Imbassahy (BA), Lúcio Vieira Lima (BA), Gim Argello, Leur Lomanto (BA), Jutahy Magalhães (BA), Michel Temer, Inaldo Leitão, Walter Pinheiro (BA), João Carlos Bacelar (BA), Duarte Nogueira, Eliseu Padilha, Aldo Rebelo, Rogério Rosso, Antonio Brito (BA), Benito Gama (BA), Rodrigo Maia, Paes Landim, José Agripino, Jacques Wagner (BA), Paulo Abi-akel, e Claudio Cajado (BA)", sinaliza, ao completar: 
"Além disso, em casos mais episódicos, mantive algum contato com os seguintes agentes políticos: Luiz Carlos Hauly, Carlos Sampaio, Cristóvam Buarque, Fábio Ramalho, Marco Maia, Ricardo Ferraço, Eunício Oliveira, Arlindo Chinaglia, Mendonça Filho, Arnaldo Jardim, Daniel Almeida (BA), Paulo Pimenta, Julio Delgado, Lidice da Mata (BA), Eduardo Cunha, Paulo Magalhaes (BA), Nelson Pelegrino (BA), Agnaldo Ribeiro, Delcídio do Amaral, Fernando Collor, Rui Costa (BA), Carlinhos Almeida e Eduardo Braga". 
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