Política

Coronel e Luiz Augusto ironizam Nilo e prometem ‘surra de votos’

Publicado em 24/01/2017, às 10h35   Eliezer Santos



Com discursos afinados contra a reeleição do deputado estadual Marcelo Nilo (PSL), os deputados e candidatos à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ângelo Coronel (PSD) e Luiz Augusto (PP), não pouparam ironias e críticas severas à ausência de Nilo no debate desta segunda-feira (23), no programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM.

“Marcelo, não precisa ter medo, aqui não tem nenhum lutador de MMA. Ele fica ameaçando os deputados por telefone cortar as coisas. O cara chega lá, minha cotinha de gasolina. Você disse que era paz e amor, mas está mais para deputado Pinóquio, mentindo demais para os deputados. Ele está lançando seu genro nas bases dos colegas [...] a frustração é geral”, disparou Ângelo Coronel.

“Daqui a oito dias ele vai ser defenestrado do cargo. Ele vai receber aquela surra de votos e passear uns dias em Antas para esfriar a cabeça. Você já está velho no cargo. Renuncie enquanto tem tempo”, completou Coronel.

“As pessoas fazem perguntas sobre a Assembleia, e eu não sei responder. Ela se fechou muito, parece que a AL-BA é só dele”, comentou Luiz Augusto, ao afirmar que, se eleito, dará transparência às contas da Casa, além de propor o fim da reeleição.

Segundo Luiz Augusto, a principal queixa entre os parlamentares é a disparidade na partilha dos recursos para a realização das atividades, sobretudo no interior. “Lá são 90% para um deputado e 10% para os 62 deputados”.

“Temos que dividir a estrutura da Casa com os 63. Hoje tem 10 copos de água, o presidente bebe nove e deixa um para os outros. As decisões são monocráticas, a Mesa Diretora é só pro forma, as bancadas não tem voz”, acrescentou Coronel.

Ambos negaram terem feito promessas à oposição em trocas de votos. ‘Não prometi nada para ninguém. Quero ser transparente com os deputados, ajudá-los a fazer política, melhorar as condições de trabalho dos deputados”, disse Luiz Augusto.

Almoços de Nilo

Os deputados também comentaram os almoços promovidos por Marcelo Nilo para arrebanhar apoiadores que o conduzam ao sexto mandato seguido de presidente da casa baiana de leis.

“Eu fico preocupado com a saúde de alguns colegas. Ele quer pegar os colegas pela boca, as pessoas vão para comer, beber e porque não querem ser retaliados. Se botar uma urna dentro do restaurante, ele ia tomar uma surra”.

Publicada originalmente dia 23

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