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Wagner nega que relógios apreendidos são luxuosos: “maioria absolutamente simples”

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Ex-governador foi alvo da Operação Cartão Vermelho, da Polícia Federal   |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 26/02/2018, às 16h04   Luiz Fernando Lima e Tamirys Machado


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O ex-governador da Bahia Jaques Wagner afirmou nesta segunda-feira (26), durante coletiva de imprensa, após ter sido alvo da Operação Cartão Vermelho, da Polícia Federal (PF), que os relógios apreendidos são simples, contradizendo a versão da delegada Luciana Matutino. 


Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje, a Operação Cartão Vermelho, que investiga irregularidades na contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão do estádio Arena Fonte Nova. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) autorizou o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, empresas e endereços residenciais dos envolvidos no esquema criminoso. A suspeita é que houve superfaturamento das obras e o governador da época [Jaques Wagner] recebeu R$ 82 milhões de propina. 

“Levaram o Ipad, um computador no escritório que eu nunca usei e a escritura pública do meu apartamento e da chácara que tenho em Andaraí... levaram os relógios que estão listados ai, espero que ela [a delegada] mande periciar, pois ela disse que são objetos luxuosos, na perícia, seguramente, ela vai ver o valor dos relógios. A maioria são relógios absolutamente simples, eu gosto de relógios. Não tem nenhum luxo como foi dito por ela, acho estranho ela ter dito isso sem ter feito perícia nenhuma”, questionou Wagner. 

“Eu não tenho a cabeça conspirativa, mas acho que a sociedade brasileira já está ficando um pouco cansada desse processo onde a ordem da desembargadora federal da busca e apreensão determina sigilo do que foi obtido  e saem dando uma declaração dessas [...]  Outra coisa que acho estranho é que alguns órgãos da imprensa chegando antes da PF”, indagou. 

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