Política

Absolvido no STF, Gustavo Ferraz deve processar o Estado por danos morais

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Pesava contra ele a denúncia de lavagem de dinheiro   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 10/05/2018, às 14h01   Cíntia Kelly


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Dois dias após ter se livrado de virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do bunker de quase R$ 52 milhões, o ex-diretor da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, afirmou ao BNews que deve processar o Estado brasileiro. Ele foi preso no dia 8 de setembro do ano passado, em casa, no município de Lauro de Freitas. Ele era acusado de lavagem de dinheiro.  

Na mesma decisão do STF,  viraram réus por lavagem de dinheiro e organização criminosa o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está preso na Papuda há oito meses, seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB) e a mãe deles, Marluce Vieira Lima.

“Estou estudando uma forma de o Estado brasileiro me reparar pelos danos. Não posso ser preso por causa de uma foto da internet. Uma foto em que apareço abraçado com Geddel e digo que ele será o próximo governo da Bahia. Me descreveram como se eu fosse um operador, um laranja”, falou ao BNews.

Metade da digital do dedo anelar direito dele foi encontrada em um dos sacos plásticos que revestia parte do dinheiro acondicionado em malas em um apartamento no bairro da Graça.

Ao BNews, Gustavo explicou que em 2012, quando trabalhava na bancada do MDB na Assembleia Legislativa, ele recebeu de Geddel a missão de ir até São Paulo buscar o dinheiro.

“Eu trabalhava na Assembleia Legislativa na época e naquele momento eu fui cumprir uma tarefa. Quem é que vai questionar o patrão quando este pede para fazer alguma coisa? Você vai e cumpre a missão. Qualquer um faria o mesmo no meu lugar”, disse, informado que ganhava R$ 3,8 mil por mês para desenvolver o trabalho de assessor parlamentar.

FORA DO MDB - Depois de nove anos filiado ao MDB, Gustavo Ferraz revelou que está desfiliado da sigla. Entretanto, deve se filiar a outro partido, já que tem a pretensão de disputar a prefeitura de Lauro de Freitas em 2020.

“Hoje estive com Marcelo Abreu (PPS) [ex-prefeito de Lauro de Freitas] e conversamos bastante. Existe o convite para entrar no partido e também já conversei com lideranças de outras siglas, mas não está nada certo. Estou tocando a minha vida. Sou advogado”.

Classificação Indicativa: Livre

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