Política

Base governista olha com atenção movimentação de Lázaro para o Senado

Vagner Souza
Se não marchar com Zé, Lázaro pode marchar com João Santana  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza

Publicado em 13/07/2018, às 16h09   Victor Pinto



Se não for junto a Zé Ronaldo (DEM) será com João Santana (MDB), mas Irmão Lázaro (PSC), a todo custo, deve mesmo sair candidato a senador da República. A informação assombra os opositores do governador Rui Costa (PT), principalmente aqueles ligados ao prefeito ACM Neto (DEM), como Jutahy Magalhães (PSDB), contudo, o Palácio de Ondina tem analisado com atenção as movimentações do social cristão. 

Apesar do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Angelo Coronel (PSD), ter a vantagem da tática do voto casado com Jaques Wagner (PT) no alinhamento com a máquina governamental, assim como foi a dobradinha Lídice (PSB) e Pinheiro (PT) em 2006, o pessedista pode disputar de maneira ferrenha a segunda vaga com o cantor gospel. 

Dados obtidos pelo BNews dão conta de levantamentos internos que demonstram um excelente posicionamento de Lázaro em algumas cidades estratégicas do interior e na Região Metropolitana. 

O fato do social cristão ser evangélico, negro da periferia e ser um cantor popular com bom poder de argumentação em discursos e entrevistas impactam numa predileção da massa eleitoral. 

Os mais impactados com o atual cenário seriam Coronel, Jutahy e Bruno Reis (DEM) – tido como a segunda vaga da chapa de Zé Ronaldo - e vale lembrar que, mesmo se não vencer, mas ultrapassar o tucano e o democrata de votos em Salvador, Lazáro, que na última eleição era cotado como pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, pode entrar de cabeça como nome forte para a corrida sucessória do Palácio Thomé de Souza em 2020.

A NOVELA – O PSC, desde os primórdios da pré-campanha quando ACM Neto (DEM) desistiu de sair candidato, de maneira reiterada defende o nome de Irmão Lázaro ao Senado na vaga de Zé Ronaldo. 

A situação sofre uma contenda interna no grupo de Neto, visto que Jutahy começou uma cruzada contra o social cristão. Comenta-se nos bastidores que o tucano não o quer como parceiro de Senado, pois tem receio de Lázaro ter mais votos do que ele.

Nessa seara, eis que uma fórmula pensada foi a de encaixar o PSC na vice de Ronaldo, pois dois problemas seriam resolvidos: a contenda com Jutahy e garantir o voto do eleitorado de Lázaro ao candidato ao governador, visto que na escolha para o Senado o voto não está indexado a cabeça da majoritária. 

Quando o sinal amarelo foi aceso ao PSC, conversas foram iniciadas com o MDB, que estuda se leva a frente ou não a pré-candidatura de João Santana.  Com Lázaro alinhados, os emedebistas injetam combustível para tornar uma disputa mais competitiva. 

Diante da impossibilidade de Lázaro ser o senador na chapa de Ronaldo, corre por fora o nome da vereadora Lorena Brandão (PSC) para vice, caso o PSC decida continuar com a patota de ACM Neto. 

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