Política

"O crime não tem fronteiras", justifica presidente do PT-BA sobre o envio da PM ao Ceará

Secom BA
O deputado estadual eleito Leo Prates (DEM) foi um dos que criticaram a decisão de Rui Costa  |   Bnews - Divulgação Secom BA

Publicado em 05/01/2019, às 14h40   Márcia Guimarães



O governador Rui Costa (PT) está sofrendo diversas críticas da oposição por ter enviado 100 policiais militares de batalhões especializados para o Ceará. O estado está sofrendo diversos ataques criminosos desde a última quarta-feira (2). O problema alegado pela oposição é que a Bahia está em uma situação bastante complicada nos quesitos segurança pública e orçamento. Além desses policiais fazerem falta nos trabalhos de prevenção e repressão ao crime, haverá um custo extra diário para mantê-los no Ceará.

Pelo Twitter, o deputado estadual eleito Leo Prates (DEM) criticou a decisão do governador: “Veja como é colocar o seu partido acima da sua função pública: Q eu lembre, Rui Costa foi eleito Governador da Bahia, n do Ceará! Engraçado é q ambos são do PT! Os Baianos vivendo c medo e sob intensa violência, e o Governador envia nossos PM’s pro Ceará!”. 

Para o líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Luciano Ribeiro (DEM), Rui Costa se aproveita do sofrimento da população cearense para lançar mais um factoide. “Como ele tem coragem de oferecer ajuda se não consegue resolver a situação da população da Bahia?”, questionou Ribeiro. "Rui Costa não consegue resolver o problema da violência na Bahia, quanto mais no Ceará", completou. 

O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, rebateu as acusações e disse que a oposição na Bahia é frágil eleitoralmente, na compreensão do papel do estado e na concepção e execução de políticas públicas. “O que o governador Rui Costa está fazendo é um ato legal e tem know-how acumulado para contribuir para o combate ao crime. Tem que combater esse tipo de crime, pois ele não acontece só no Ceará. Quando você faz uma intervenção junto ao Governo do Ceará, está tomando precaução não só para o Nordeste”, defendeu Anunciação.

Na avaliação do petista, ao invés de trabalhar a questão central, a oposição quer tratar o periférico, “que são detalhes tratados entre governos, como o custo operacional”. “Isso é entre os governos. A questão central é toda uma movimentação que tem que ter no país para combater esse tipo de crime. A gente tem que ajudar e contribuir em qualquer região do país. O crime não tem fronteiras, então por que iremos colocar fronteiras no combate ao crime? O custo é secundário”, opinou o presidente. 

Anunciação também negou que Rui Costa tenha enviado os policiais porque o governo cearense está sob a gestão do PT. “A gente não pode estreitar o combate ao crime por causa de uma relação partidária. As pessoas estão sendo vítimas, perdendo a segurança e o seu direito de ir e vir e elas não são de partido político, são parte de uma sociedade”, destacou.

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