"Isso é um absurdo. Como é que alguém pode se autoproclamar presidente de um país desrespeitando a Constituição. Não tem legitimidade, porque não é a maioria do povo que se manifestou. Quem defende todo o processo democrático tem que respeitar a Constituição. Nós do PT defendemos que seja respeitada a soberania do país. Não pode, um país por interesses ideológicos, fazer manifestações antidemocráticas de reconhecer um político que se autoproclamou presidente", vocifera.
O deputado federal baiano Afonso Florence (PT) também seguiu na mesma linha. "A nossa posição é tradicional de defesa da autodeterminação e todos os povos, incluindo o povo Venezuelano. Eles tiveram eleições dentro da normalidade. Temos que esperar que eles resolvam as divergências políticas internas", pondera. "O Brasil não tinha que entrar nesse jogo. Venezuela é um país vizinho e amigo. O governo Bolsonaro tem uma política externa beligerante de sair na frente de reconhecer governo oriundo de golpe de Estado. E preconizar discursos de violência na América Latina".
A presidente nacional Gleisi Hoffmann, que esteve na posse de Maduro no início do ano, disse nas redes sociais que "o Brasil só tem a perder com esta intervenção na Venezuela". "Começamos hoje na América Latina a caminhada dos conflitos que tanto repudiamos em outros continentes. Líbia, Iraque, Síria são lembranças atuais das decisões arrogantes dos Estados Unidos e seus parceiros políticos".