Política

Bolsonaro volta a negar que tenha usado termo "Paraíba" para se referir ao nordeste e chama general de "melancia"

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O general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva condenou as declarações do presidente em entrevista ao jornal Estado de São Paulo no último sábado (21)  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 21/07/2019, às 10h51   Redação BNews


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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) utilizou seu perfil pessoal no Twitter neste domingo (21) para novamente negar que tenha utilizado o termo "Paraíba" para se referir ao nordeste brasileiro. A expressão é tradicionalmente utilizada de maneira pejorativa para se referir aos moradores da região.

O presidente também aproveitou a oportunidade para chamar o general Luiz Eduardo Rocha Paiva de "melancia". Parte da "nova direita" brasileira usa o termo para se referir pejorativamente a alguém que considera ser um "esquerdista enrustido" - "verde [cor associada por eles ao patriotismo] por fora, mas vermelho [cor associada por eles à esquerda] por dentro".

Luiz Eduardo condenou as declarações de Bolsonaro em entrevista ao jornal Estado de São Paulo no último sábado (21). Nesta última sexta-feira (19), pouco antes de um café da manhã com jornalistas, o presidente cochichou ao seu ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni que os governadores do Nordeste são "paraíbas", e que o pior deles seria o governador maranhense Flávio Dino.

O presidente e o ministro não perceberam que o microfone estava aberto. "Dos governadores de Paraíba, o pior é o do Maranhão. Tem que ter nada pra esse cara", diz aos 10 segundos do vídeo abaixo. Reveja:

“ 'Daqueles GOVERNADORES... o pior é o do Maranhão'. Foi o que falei reservadamente para um ministro. NENHUMA crítica ao povo nordestino, meus irmãos. Mas o melhor de tudo foi ver um único general, Luiz Rocha Paiva, se aliar ao PCdoB de Flávio Dino, para me chamar de antipatriótico", escreveu.

Durante a entrevista, Rocha Paiva classificou a fala de Bolsonaro contra os nordestinos de “antipatrióticos” e “incoerentes”, além de “menosprezarem” a população da segunda região mais populosa do país. O general foi Chefe da Assessoria Especial do Gabinete do Comandante do Exército; comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército; e Secretário-Geral do Exército.

Hoje, na reserva, é membro da Comissão de Anistia. "Sem querer descobrimos um melancia, defensor da Guerrilha do Araguaia, em pleno século XXI", concluiu o presidente.

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