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Aliança dos Pimentel com Neto fica na berlinda após rompimento com Bolsonaro; entenda

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"Rádio corredor" já especula uma possível demissão ou rebaixamento de secretário na gestão municipal  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 21/10/2019, às 15h17   Henrique Brinco, Juliana Nobre e Victor Pinto


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O rompimento do secretário de Trabalho, Esporte e Lazer de Salvador, Alberto Pimentel, e da deputada Dayane Pimentel, com o clã do presidente Jair Bolsonaro (PSL), virou motivo de debates dentro da Prefeitura de Salvador durante todo o fim de semana e início desta segunda-feira (21). Segundo fontes do BNews, a parceria da dupla, que comanda o PSL na Bahia, com o grupo do prefeito ACM Neto (DEM) está na corda bamba.

Uma reunião com o núcleo duro do Palácio Thomé de Souza será marcada para os próximos dias, quando o destino dos dois será selado. A primeira reunião com a presença de Alberto aconteceu na semana passada, mas com a indefinição do partido em Brasília, tudo pode acontecer aqui em Salvador. A "rádio corredor" já especula uma possível demissão ou rebaixamento dele na gestão municipal.

O fato é que ACM Neto não pode tomar partido no caso. Se ficar ao lado de Bolsonaro e contra o casal, pode atrapalhar a aliança do PSL baiano com o futuro pré-candidato a prefeitura de Salvador a ser lançado pelo DEM (provavelmente será o vice-prefeito Bruno Reis). Se ficar contra o presidente e a favor da dupla, terá dificuldades para obter recursos federais e finalizar obras importantes na cidade antes do fim do mandato - a exemplo do BRT.

Alberto tinha grandes pretensões políticas no início do ano, mas queimou o próprio filme após usar politicamente a pasta e apresentar poucos resultados na gestão. Interlocutores já avaliam que ele pode abrir mão de ser candidato em Feira de Santana ou aqui em Salvador. Ele tem pesado nas críticas contra o presidente nas redes sociais, chamando-o, inclusive, de "louco" em uma das postagens. Já Dayane, que não conseguiu estabelecer relações fora da 'bolha' bolsonarista, por sua vez, está perdida. Terá sobrevivência política em dois cenários: ou na presidência do PSL-BA e ao lado de Luciano Bivar ou com Bolsonaro. Perdendo qualquer um dos dois, fica manca.

Dayane, que era uma ilustre desconhecida em Feira de Santana, onde diz ser seu reduto, se elegeu com a força de Bolsonaro. Ela se fechou dentro do PSL e, se valendo do argumento de "deputada de Bolsonaro na Bahia", agora perdeu o apoio do clã Bolsonaro e se vale do partido para conseguir articular algo para 2020 e tentar continuar deputada em 2022. A saber.

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