Política

Oposição diz que "indústria das multas perdeu controle" na Transalvador; líder rebate

BNews/Vagner Souza
Investigações apontam que um grupo de terceirizados excluiu, de maneira irregular, cerca de 400 multas do banco de dados  |   Bnews - Divulgação BNews/Vagner Souza

Publicado em 02/12/2019, às 17h02   Henrique Brinco


FacebookTwitterWhatsApp

O líder de oposição na Câmara Municipal de Salvador, Sidninho (Podemos), ressaltou o que chama de "indústria das multas" dentro da Transalvador no dia em que o órgão foi alvo de uma operação que investiga a atuação de funcionários terceirizados. Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), as investigações apontam que um grupo de terceirizados excluiu, de maneira irregular, cerca de 400 multas do banco de dados, o que causou um prejuízo de, aproximadamente, R$ 80 mil aos cofres públicos.

"A gente recebe essa notícia com bastante surpresa. É inadmissível que ainda exista esse varejo junto aos órgãos de controle. Fomos noticiados pelo caso hoje pela manhã através do BNews, foi já feita a detenção do indivíduo. Tenho certeza que deve se alastrar e a apuração não vai terminar através dessa notícia. Então, iremos acompanhar para até quarta-feira a oposição se manifestar e pedir junto ao superintendente uma apuração severa e um controle mais severo para essas multas", declarou, para a reportagem.    

"A indústria de multas já perdeu o controle. O faturamento é tão alto que existia essa evasão, essa fraude lá dentro e nunca foi constatada. Então, é realmente muito difícil ter controle num volume tão grande de multas aplicadas pelo Executivo", completou o edil.

Procurado para comentar o caso, o líder de governo, Paulo Magalhães Júnior (PV), defendeu o rigor das investigações e lamentou o ocorrido. "Isso vai ser apurado com todo o rigor necessário. Inclusive, o funcionário terceirizado já foi demitido. Vai responder agora o processo criminalmente. Então, todas as providências estão sendo tomadas. A gente lamenta o fato ocorrido", apontou.

Leia também:
Aladilce quer acionar o MP para questionar terceirizações na Transalvador

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp