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Policiais federais da Bahia dizem que não vão aceitar inteferências após saída de Valeixo

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Corporação diz que não vai aceitar interferências  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 24/04/2020, às 18h30   Henrique Brinco


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O Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (SINDIPOL-BA) lamentou por meio de nota o pedido de demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e também a exoneração do Diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. A corporação, que conta com cerca de 15 mil agentes, "acredita que as mudanças não vão afetar a normalidade do trabalho investigativo criminal".

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"Assim como a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), o SINDIPOL-BA entende que havia uma situação de tensão que se arrastava desde 2019, com o anúncio de sua possível saída. Ainda assim, Valeixo manteve seu compromisso com os policiais federais até sua exoneração. Independentemente de quem ocupe o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Direção-geral da PF, a Polícia Federal precisa manter sua linha de autonomia técnica nos trabalhos e investigação", declararam.

A Fenapef e o SINDIPOL-BA afirmam que "sempre defenderam que a Polícia Federal é uma polícia de Estado e não de governo e, por isso, acreditam e defendem que jamais a instituição deve ser atingida por interferências políticas". Para o presidente da Fenapef, Luís Antônio Boudens, o presidente da República tem o direito de fazer alterações em sua equipe, mas “isso não significa - e garantimos que não irá ocorrer - qualquer tipo de interferência nas investigações criminais da Polícia Federal”.

“Seguimos basicamente a linha de orientação da Fenapef. Entendo que o momento é delicado. Não tem e nem deve ter espaço para qualquer intromissão política de qualquer jeito, do ponto de vista da técnica de investigação criminal. Ninguém que tente tal medida, que avance nessa direção, vai conseguir bons resultados”, disse José Mário, presidente do SINDIPOL-BA.

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