Política

Wagner tenta evitar vaias em Paraguaçu

Imagem Wagner tenta evitar vaias em Paraguaçu
Esta será a primeira visita da presidente Dilma Rousseff no período eleitoral  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/07/2012, às 19h50   Redação Bocão News (Twitter @bocaonews)



O governador Jaques Wagner participa, amanhã (13), às 10 horas, em Maragogipe, do lançamento da pedra fundamental do Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), com a presença da presidente Dilma Rousseff. Logo em seguida, Wagner, em companhia da presidente, participa da cerimônia de batismo da plataforma P-59 da Petrobras, construída no canteiro São Roque do Paraguaçu, no mesmo município.

Na tarde desta quinta-feira (12), o governador senta-se à mesa com os professores estaduais, em greve há mais de 90 dias, para buscar um acordo que coloque fim à paralisação. Caso chegue a um denominador comum ou próximo a isto, Wagner pode conseguir amenizar o clima tenso que vem sendo comum em todas as viagens e aparições públicas.

Outro efeito indesejado é o reflexo nas campanhas petistas Bahia afora. Os professores já ameaçaram terminar a greve e trabalhar contra o partido dentro das salas de aulas. A ideia é unir forças e, com a intermediação do Ministério Público, na figura do procurador geral Wellington Lima e Silva, apresentar uma proposta que se encaixe no orçamento do governo estadual e que esteja dentro daquilo que os representantes do professores entendam como aceitável. Na sexta mesmo está marcada uma assembleia que pode por fim à greve.

Estaleiro

Localizado na Foz do Rio Paraguaçu, no município de Maragogipe, a 23 milhas náuticas de Salvador, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, cujo consórcio é formado pela Odebrecht, OAS e UTC mais a japonesa Kawasaki, prevê investimentos da ordem de R$ 2 bilhões – maior investimento da iniciativa privada na Bahia no segmento da indústria naval –, e deverá iniciar suas operações em 2014. Até lá, serão gerados três mil empregos diretos durante a construção, e cinco mil quando o EEP entrar em operação, com capacidade total para processar até 36 mil toneladas de aço por ano, na produção de navios e plataformas de exploração de petróleo.

Antes mesmo da finalização de suas obras, o EEP já é considerado um dos maiores do setor no país, com uma carteira de contratos que inclui clientes como Petrobras e Sete Brasil, que recentemente assinou uma carta de intenção para a construção de seis sondas de perfuração offshore no valor global de U$ 4,8 bilhões. O estaleiro ocupará uma área de cerca de 1,6 milhão de metros quadrados, dos quais 400 mil serão destinados à preservação ambiental.

Já a P-59, plataforma de perfuração auto-elevatória construída para a Petrobras pelo consórcio Rio Paraguaçu, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, em 44 meses, tem capacidade para perfurar em lâmina d'água de até 106 metros. O projeto de construção das plataformas P-59 e P-60 (ainda em construção) visa atender aos cronogramas operacionais de exploração e produção da Petrobras nos próximos anos e dar suporte à estratégia de incorporação de novos blocos exploratórios em águas rasas.

Foto: Gilberto Júnior // Bocão News

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